TGF- β um Alvo ou o Fim?


Ao longo das décadas, a evolução permitiu o desenvolvimento de organismos cada vez mais complexos e, consequentemente, seus mecanismos regulatórios orgânicos seguiram a mesma lógica para permitir a melhor comunicação entre células desses seres. 
Para que ocorra essa melhor interação, uma das moléculas muito importantes nesse processo é a proteína fator de crescimento transformador- β (TGF- β), presente apenas em mamíferos e produzida por algumas células. 
Algumas das funções do TGF- β é atuar como um controlador de proliferação celular, participa na formação de ossos e cartilagens, no controle do sistema imune e na cicatrização de feridas. Geralmente, o TGF- β é encontrado no organismo na forma inativa e sua ativação pode estimular ou inibir a proliferação celular. Além disso, dependendo do lugar e tempo certo no organismo, a ativação desse fator é necessária para o recrutamento de células-tronco para participar do processo de regeneração ou remodelação tecidual. Contudo, pode existir também um defeito de produção e ativação do TGF- β, devido à, por exemplo, mutações, o que pode causar desordens fisiológicas, como o recrutamento anormal dessas células-tronco e, inclusive,  a formação de cânceres.



Em 31 de Janeiro de 2018, um artigo publicado demonstrou que o TGF- β, quando produzido de forma anormal por células cancerígenas, em estágios mais avançados, pode facilitar a proliferação celular, formação de vasos sanguíneos e imunossupressão, o que contribui para a metástase do tumor. 
Em contrapartida, felizmente, alguns testes em camundongos sugerem que anticorpos anti- TGF- β contribuíram para redução de algumas metástases, como a óssea, do câncer de mama e próstata. Este indício e o estudo geraram motivações para futuras terapias de tratamento contra tumores, bem como futuras pesquisas para obtenção de novas informações sobre esse fator de crescimento transformador- β.

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Por Pedro Rasch e Diego Aguiar

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