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Mostrando postagens de abril 29, 2018

Cromossomo a Mais e Músculo a Menos

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       A síndrome de down, desencadeada pela trissomia no cromossomo 21, é umas das principais causas genéticas de deficiência intelectual. Dentre diversos fenótipos desencadeados pela síndrome, ressaltam-se a incapacidade cognitiva, defeitos de crescimento, problemas cardiovasculares, envelhecimento prematuro e fraqueza muscular.         O estímulo para tais fenótipos ainda não é completamente entendido, entretanto, alterações nas funções das células tronco é um potencial elo comum entre eles. Como já destacado, a fraqueza muscular é uma das alterações que acometem os portadores. Isso porque há disfunções no tecido muscular esquelético, dentre elas dificuldades na regeneração do músculo e na proliferação celular sendo causadas, sobretudo, por distúrbios nas células satélites.          Essas são células tronco comprometidas com a linhagem muscular sendo, portanto, necessárias aos processos de crescimento, diferenciação e regeneração desse tecido. Em indivíduos normais, as célu

O Cérebro Malhador

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          O metabolismo energético cerebral pode ser considerado quase totalmente oxidativo. Entretanto, seus diferentes tipos de células possuem perfis metabólicos distintos. Os neurônios são em sua maioria oxidativos, enquanto as células da glia (astrócitos e oligodendrócitos) processam glicose glicoliticamente, ou seja, produzem lactato e piruvato a partir da glicose.       Em humanos, o aumento no lactato plasmático durante o exercício ou após a administração intravenosa é oxidado pelo cérebro; e isso está associado a uma redução na utilização de glicose no cérebro e uso preferencial de lactato como substrato energético. O modelo shuttle astrocyte-neuron lactate (ANLS), pelo qual o glutamato liberado sinapticamente desencadeia a captação de glicose e a produção de lactato pelos astrócitos para o uso de neurônios é um dos fatos mais importantes dessa revisão.             Tradicionalmente considerado um produto final metabólico, marcador de patologia, ou molécula tóxica, o lac

Os microRNAs tem Função na Recuperação Muscular

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Quando se tem lesões leves ou graves ocorridas por exercícios ou traumas, o músculo esquelético consegue se recuperar muito bem. A esse fenômeno nós podemos agradecer às células-tronco, que estão sempre em repouso nos nossos músculos, prontas para agir e se diferenciar, ou seja, formar novas células, recuperando o dano causado. Os estudos presentes neste artigo feito na França, conferiram em ratos, que os chamados micro-RNAs, estão associados à diferenciação das células musculares esqueléticas e mais da metade dos microRNAs estudados foram detectados em condição biológica, o que mostra um grande repertório de microRNAs expressos nas linhagens de células musculares esqueléticas adultas. Além disso, na comparação de células em repouso, ativadas e já diferenciadas, foi visto que a expressão dos microRNAs parece estar envolvida na regulação de todos estes estados celulares testados. Foi descoberto também que os microRNAs super-expressados nas células em repouso são importantes regulador

Dor, Doideira, Destino ou Doença

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          A Síndrome Dolorosa Regional Complexa tipo I (SDRC I) é uma síndrome caracterizada pela dor crônica sintomática pós-lesão ou cirurgia. A hiperalgesia (exacerbação da sensibilidade à dor) muscular crônica é um dos sintomas mais clássicos oriundos dessa condição. O tratamento com imobilização é utilizado em aproximadamente metade dos pacientes com SDRC I, apesar de estudos revelarem que o desuso de membros saudáveis origina hiperalgesia no membro imobilizado.             As principais drogas prescritas para o tratamento de dor causada por lesão, inflamação ou neuropatia são inibidores de canal de Ca +2 α2δ, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e inibidores da recaptação da serotonina e noradrelina (IRSNs). Entretanto, o mecanismo pelo qual o desuso induz dor ou faz com que dor se torne crônica permanece pouco esclarecido, e um tratamento definitivo para essa condição ainda não foi desenvolvido.              O artigo publicado em 2018 na revista Science Reports, "

O Tendão de Aquiles, Muito Mais Que Um Ponto Fraco

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Existe uma complexa relação entre a ação das fibras musculares e a junta sobre a qual agem. Um exemplo disso seria o calcanhar, que teria capacidade de se dobrar pelo menos duas vezes mais do que aquilo que suas fibras musculares permitem. A capacidade de dobramento do tendão é um fator importante na determinação do deslocamento do pé em relação ao encurtamento das fibras musculares. No entanto, não se sabe os diversos mecanismos que podem causar esse dobramento. Amostras de tecido laboratoriais, ou in vitro, do tendão de Aquiles mostraram uma peculiar característica anatômica de ser quase reto longitudinalmente apesar de ambas as suas extremidades serem completamente separadas do resto do corpo. Uma explicação mecânica seria que o tendão isolado ficaria em linha reta caso fosse tensionado, porém, experimentos com amostras obtidas de tecido vivo mostram que ele tende a dobrar mesmo sofrendo contrações fortes. Através de estudos foi visto que uma obstrução causa a curvatura do ten

Mais um Passo para Entender o Sarcoma Ewing

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       O Sarcoma de Ewing é tipo raro e maligno de câncer que ossos e tecidos moles de crianças e adolescentes. Acredita-se que a causa pode ser genética e ligada a alterações moleculares nos cromossomos (moléculas constituídas de DNA e proteínas), onde uma proteína , EWSR1, comumente expressa se associa a outra FLI1, raramente expressa, gerando um conjugado (EWS-FLI1) capaz de alterar a transcrição gênica.          Durante o estudo foram realizados diversos métodos para análise genética de modo a compreender o papel destas proteínas nas vias de transcrição e reparo do DNA, através da comparação entre o comportamento de células provenientes do sarcoma de Ewing e células de fibroblastos humanos e de osteossarcoma pediátrico.           Para compreender este complexo e valioso estudo é preciso compreender o processo de transcrição do DNA, ou seja, quando informações genéticas presentes nestas moléculas são transcritas para moléculas de RNA, possibilitando que tais informações sejam