A Gravidade e a Homeostase Óssea

        Nossos corpos são compostos de uma rede de elementos como músculos, ossos, matrizes extracelulares, células e filamentos citoesqueléticos que focalizam estresses em moléculas de transdutor-mecânico. Embora o espaço seja um ambiente único, existem paralelos claros entre voo espacial, envelhecimento e imobilização, uma vez que o osso trabecular se adapta para desenvolver arquiteturas que se assemelhem ao princípio de estresse muscular no tecido ósseo. A aceleração gravitacional fornece o mais importante estímulo para a vida na Terra. Durante o voo espacial, a microgravidade não é o único fator ambiental alterado, a radiação é também um fator muito importante a considerar quando missões espaciais a longo prazo são realizadas.
         Alguns astronautas da NASA, tiveram a estrutura musculoesquelética analisada. A maioria era de homens jovens entre 25 e 55 anos de idade, que não são o grupo típico para risco de osteoporose.

           A falta da carga gravitacional, de pressão hidrostática, de convecção, de flutuabilidade e de sedimentação alteram a atividade biomecânica do sistema musculoesquelético. Além disso, a maior exposição ao ultravioleta e radiação ionizante do espaço aumenta o risco de câncer ao longo prazo.
        A atividade extraveicular com alto vácuo, extremos de temperatura, contato com detritos espaciais e com o plasma ionosférico agem nos tripulantes reduzindo a força de reação do solo, provocando alterações fisiológicas, comportamentais e psicológicas. Assim, a mudança no campo gravitacional pode produzir arquitetura óssea alterada.
          Ainda é desconhecido se a recuperação do volume ósseo é uniforme ou seletiva para a horizontal ou trabéculas verticais, que é fundamental pois tem importantes implicações para a saúde óssea futura e para o risco potencial de ocorrência de fraturas, especialmente nas vertebral e no quadril.
       Estas novas abordagens podem nos ajudam a entender o envelhecimento ósseo e a osteoporose, bem como imobilização hospitalar após diversas situações de desuso, como cirurgia, lesão, coma ou paralisia.

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Skeletal changes during and after spaceflight

Por Alice Saldanha, Natália Marques e Diego Aguiar

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