Um novo passo na identificação da amebíase
A amebíase é um dos principais problemas de saúde pública em países em desenvolvimento. Isso porque infecções parasitárias são geralmente
negligenciadas em populações que possuem poucas medidas higiênicas e escassez
de água potável. O gênero Entamoeba se divide em vários tipos. A E.
histolytica é patológica, e, portanto, a causadora da amebíase.
Entretanto, ela é facilmente confundida com a E. dispar, uma forma
não patológica do protozoário. Essa doença é dificilmente diagnosticada pelos
métodos convencionais de microscopia básica e, por isso, tem-se utilizado cada
vez mais a técnica de PCR-DGGE.
A técnica de Reação de Polimerização em Cadeia pela eletroforese em gel com gradiente desnaturante (PCR-DGGE) visa amplificar uma pequena região de genes selecionados a fim de aumentar a precisão do teste que diferencia a E. histolytica da E. dispar.
No artigo comentado, foram separadas 62 amostras de fezes de indivíduos com sintomas gastrointestinais e analisadas através da técnica de PCR-DGGE. Dessas, 16,1% foram positivas para E. histolytica e 83,9% negativas. Não houve amostras positivas para E. dispar.
Os resultados de PCR-DGGE para o gene adh112, que possui uma estrutura diferente entre as espécies estudadas, mostrou sensibilidade e especificidade de 100%, indicando que é um teste útil e confiável para detectar, especificamente, E. histolytica em amostras de fezes. Logo, o PCR-DGGE tem a vantagem de identificar e diferenciar E. histolytica e E. dispar, o que não é possível usando microscopia.
Isso provou que PCR-DGGE é uma ferramenta promissora de diagnóstico complementar para detecção e diferenciação específica entre essas infecções, através de amostras de fezes, contribuindo para determinar o tratamento específico para cada paciente contaminado com E. histolytica e também evitando o tratamento dos pacientes infectados com E. dispar.
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Por Eduardo Kennedy, Thalita Limeira, Leticia Kobayashi, Lívia Ferreira, Dimitri Marques e Diego Aguiar
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