Genética auxiliando na avaliação do feijão-caupi na agricultura


         O feijão-caupi possui grande importância para a economia de três regiões do Brasil. E, sua capacidade genética de resistência e precocidade no amadurecimento são fatores de grande estima para os agricultores. Por isso, estudou-se o seu ciclo de vida (número de dias após a semeadura que a planta amadurece), que varia de extraprecoce (60 dias) até tardio (mais de 90 dias). Nele, objetivou-se a seleção de progênies (prole) de feijão-caupi extraprecoce, além da avaliação da variabilidade genética (acúmulo de modificações de qualquer gênero no material genético) destes.
         Para isso, os pesquisadores avaliaram cerca de 77 proles entre 2014 e 2015, em locais delimitados de certa região do semiárido do Ceará, avaliando oito caracteres específicos do crescimento dessa planta e estimados os componentes de variância e os valores genéticos destes.
            Os resultados apontam que as proles 12, 15, 30, 33, 41, 43 e 52 foram as que mais se destacaram em relação aos oito fatores analisados no estudo. Dessa forma, tal tipo de cultura é dita como mais extraprecoce e apta a suprir as expectativas de agricultura desta variedade. As que foram menos expressivas e rejeitadas para futuros plantios podem ser ainda utilizadas como possível cruzamento para pontuais melhorias no genótipo das mais aptas. Algumas, apesar dos resultados positivos, apresentaram certas características as quais não favorece ao mercado consumidor, sendo, então, colocadas no mesmo patamar das de menor expressividade.

           Por fim, podemos afirmar que seis dos oito tópicos avaliados neste estudo sofreram grande variabilidade genética e ganho para seu cultivo, visto que, esse tipo de planta possui grande herdabilidade, ou seja, capacidade de transmissão de suas características às próximas gerações.

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Por Matheus Meirelles , Marcos Octávio Cafasso, Leticia Kobayashi, Livia Ferreira, Dimitri Marques e Diego Aguiar

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