Pensando em novas maneiras de enfrentar o Glioma – tratamento molecular e seus desafios
Tumores no Sistema Nervoso Central são considerados os mais
devastadores de todos os cânceres desde que eles, predominantemente, afetem as
células do cérebro e da medula espinhal. Eles também afetam pessoas de todas as
idades. Mas, vamos analisar especificamente o glioma.
O glioma é caracterizado pelo seu alto potencial
proliferativo, crescimento infiltrativo, heterogeneidade intratumoral e
recorrência tumoral. A localização e o tamanho dos tumores gliais são fatores
que contribuem para o monitoramento e implementação de um regime de tratamento
adequado. O principal tratamento envolve cirurgias, radiação e quimioterapias.
Essas estratégias do tratamento são inadequadas comparando com a variedade de
progressão do glioma, por isso são consideradas estratégias limitadas. Dessa
forma, vamos direcionar para o desenvolvimento de novas estratégias
terapêuticas.
O objetivo de terapias direcionadas deve ser a
"seletividade", ou seja, inibição apenas das células tumorais. As
abordagens específicas atualmente em ensaios clínicos ou em desenvolvimento
laboratorial incluem fármacos, anticorpos monoclonais, imunoterapia, pequenas
moléculas inibindo proteínas específicas e segmentação específica de CSC's.
Assim, existe uma necessidade de estratégias de tratamento não convencionais
para controlar o glioma, como a caracterização proteogenômica que é uma
estratégia com alto potencial que leva à identificação de condutores
moleculares, classificação molecular de subgrupos de doenças e ao tratamento.
Ela implica na correlação positiva entre genótipo, proteótipo e fenótipo
clínico, facilitando descobertas de biomarcadores e potenciais terapêuticos.
Também podemos citar, a terapia genética que transfere
material genético para células tumorais, pois o tratamento tem a capacidade de
marcar células tumorais invasivas resistentes das terapias convencionais. A imunoterapia que fornece um tratamento durável e
direcionado contra o câncer, aproveitando os mecanismos imunológicos
adaptativos do corpo, entre outros...
Portanto, uma melhor compreensão da biologia complexa do
glioma e a identificação dos alvos moleculares que iniciam a metástase
facilitarão o desenvolvimento de uma nova classe de tratamento com eficácia e
segurança melhoradas. Além disso, terapias de nova geração compreendendo
técnicas de neuroimagem progressiva, terminação da síntese de DNA por genes
pró-fármaco ativadores, silenciamento de genes de gliomagênese, direcionamento
de atividade oncogênica de miRNA, sensibilização de células-tronco de câncer
por inibidores + radiação HedgehogGli/Akt e utilização de lisados tumorais
como fontes antigênicas para depleção eficiente de tumor específicos por
linfócitos T citotóxicos junto com estratégias convencionais fornecerão um novo
paradigma na terapêutica do glioma, com foco no diagnóstico precoce e manejo
bem-sucedido.
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Por Daphne Albuquerque, Catarina Lopes, Leticia Kobayashi, Isabella Coscarella e Diego Aguiar
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