Relação entre estilo de vida e mudanças genéticas
Pesquisadores suecos realizaram estudo relacionando a importância de estilo de vida e sua relação com fatores ligados a obesidade, tabagismo, consumo de álcool (olha aí alemães), além de fatores socioeconômicos (não basta ser pobre, tem que ter mudanças genéticas também), dentre outros.
Para
isso, foi utilizado o banco de dados UK Biobank fazendo um recorte de
idade, consumo de álcool e níveis de intensidade de atividade
física em cada indivíduo. Os
fatores mais significativos para mudanças no loci genético advém
da relação com a atividade física, consumo de álcool e status
socioeconômico. Por exemplo, o efeito do escore genético para o IMC
(GSBMI) foi 2,5 vezes maior em participantes com ritmo de caminhada
lento comparado aos que relataram ritmo de caminhada mais rápido
(correr atrás do ônibus tá ajudando).
O
efeito mais elevado de CGBIM (covariável genético de índice de
massa corporal) foi observado em participantes que relataram
frequentemente sentir-se fartos, deprimidos e sem esperança.
Demonstrou-se
que a frequência de ingestão de álcool também está associada ao
menor IMC médio. Constataram ainda que maiores efeitos genéticos
estão associados ao baixo consumo semanal de vinho tinto (os
portugueses que se cuidem). Em contrapartida o NIAAA (instituto
nacional de abuso de álcool e alcoolismo) sugere que o consumo
diário moderado de bebidas alcoólicas, 1-2 bebidas por dia, reduz o
risco de infarto do miocárdio e também a mortalidade total (então
vamos beber).
Nos experimentos in vitro e in vivo também se observou exposição ao etanol com aumento da lipólise e redução da massa de tecido adiposo branco.
Concluiu-se
que a presença de interações genéticas é mais geral e será
identificada em maior grau para polimorfismos de nucleotídeos
simples (SNPs) individuais e pesquisadores sugerem que uma mudança
no estilo de vida pode influenciar o risco genético para obesidade e
outros distúrbios comuns.
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Por Heiny
Fernandes, Paula Dinucci, Dimitri Marques e Diego Aguiar
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