Um órgão, dois pontos de vista
O órgão chamado de intestino grosso possui curvaturas e dobras com nomes específicos, como: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e sigmoide. Para um melhor entendimento, basta imaginar essas curvaturas do intestino grosso como um encanamento que possui cotovelos em diferentes ângulos. O ceco seria o ponto de entrada do cano, conecta-se ao íleo (parte final do intestino delgado), e o sigmoide sendo a parte final do encanamento, antes do reto. O cólon ascendente curva-se para cima à direita, o cólon transverso cruza o abdômen horizontalmente, o cólon descendente se curva para baixo à esquerda e o sigmoide apresenta uma curva que se conecta ao reto.
Com o tempo foram criados termos com a intenção de facilitar o entendimento dos estudantes, anatomistas e clínicos quanto a anatomia do intestino grosso, como flexura cólica direita (flexura hepática) e flexura cólica esquerda (flexura esplênica), além da flexura sigmoide e a flexura do reto, cruzamento retossigmoide, para flexura sigmoide-retal, junção anorretal para junção reto-anal, e tem como finalidade também atualizar essas terminologias do intestino grosso. É importante ter uma terminologia correta na descrição dos achados a fim de localizar pólipos, tumores ou divertículos durante procedimentos como endoscopia e radioterapia, para garantir um tratamento adequado.
Com o avanço na medicina diagnóstica, exames como endoscopia e colonoscopia possibilitam que o examinador observe com mais clareza o intestino na sua parte interna, já que existem algumas inconsistências quanto à descrição da curvatura do cólon até o ânus, os termos criados para auxiliar a compreensão dos estudantes e profissionais, necessitará ser apresentado pela Terminologia Anatomica, discutido e acordado com as sociedades clínicas relevantes antes de ser utilizado oficialmente.
Referências do artigo: https://doi.org/10.1111/joa.13800
Texto e imagem elaborados por Alice Faria Neiva e Ana Cinthia de Morais Macedo
Revisado por Eduarda Azevedo Ferreira
Publicado por Diego Aguiar e Eduarda Azevedo Ferreira
Comentários
Postar um comentário