A coluna do Canguru

                                       

Os tratamentos de problemas relacionados à coluna são muito abordados em áreas de pesquisa, pois a busca por novas maneiras de tratar quaisquer condições em que o ser humano se depara são interesse de todos. Sendo assim, novos estudos começaram a ser realizados comparando a avaliação biomecânica in vitro da coluna de cangurus, pois são animais pseudo-bípedes e se mantém em uma posição ereta visualmente semelhante aos humanos, e a coluna vertebral do próprio ser humano. O objetivo deste estudo foi a busca de conhecer as diferenças e semelhanças que há entre as duas colunas e como elas contribuem na elaboração de novos implantes e tratamentos para lesões na coluna vertebral.

Neste experimento, foi utilizado a espécie canguru vermelho por ser o mais semelhante aos humanos em peso e tamanho. A partir disso, testes foram realizados em prol de analisar as características da coluna do canguru, como o teste de flexibilidade que serve para compreender a amplitude de movimento da coluna; o teste de compressão responsável por observar a capacidade de força que a coluna suporta; o teste de torção para entender a estabilidade; o teste de fadiga que calcula a resistência da coluna; e a análise microestrutural que auxilia no entendimento da composição da coluna vertebral do animal. Com isso, foi possível notar que a região lombar do canguru está acostumada a cargas parecidas com a coluna do ser humano, além disso na região torácica inferior as duas espécies são bem semelhantes, mas na região torácica superior o canguru é mais flexível.

Portanto, a possibilidade desse animal ser um substituto de análises biomecânicas da coluna são elevadas, facilitando as pesquisas, já que há uma disponibilidade restrita de material humano. Entretanto, é necessário se atentar às diferenças entre as duas colunas e que os estudos foram feitos em cadáveres podendo refletir resultados diferentes quando vivos.


Texto e imagem elaborados por Karine de Almeida Silva e Lívia Gonçalves da Costa Veloso

Revisado por Eduarda Azevedo Ferreira

Publicado por Diego Aguiar e Eduarda Azevedo Ferreira

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