A modularidade da coluna vertebral

 

Composta por vértebras, a coluna vertebral é uma importante estrutura morfológica, na qual desempenha um papel fundamental para a locomoção, assim como para a postura também. Além de ser subdividida, a coluna vertebral tem suas vértebras interligadas por discos intervertebrais. Com tudo, segundo alguns estudos realizados em relação à integração evolutiva e modularidades entre as vértebras pré-sacrais que são as cervicais, torácicas e lombares em espécies de mamíferos, indicam que a sua arrumação é feita em módulos, ou seja, são grupos de vértebras que independem de outros conjuntos e estão ligadas. O esclerótomo é o responsável por desenvolver a coluna do embrião e originar as vértebras, as quais são formadas por duas diferentes partes com origens somíticas distintas, a espinha neural e o corpo vertebral. 

Foi analisada também a regionalização funcional das colunas vertebrais de mamíferos e de sinapsídeos, grupos de cordados de transição da função dos membros anteriores, a coluna vertebral gerou regiões distintas com uma maior diferenciação levando à grande desigualdade vista hoje em mamíferos. A modularidade da coluna vertebral pode permitir que diferentes partes da coluna se adaptem a diferentes demandas biomecânicas, como a necessidade de suportar o peso corporal, resistir a forças de torção e flexão, e permitir a mobilidade. Por exemplo, as vértebras torácicas dos carnívoros precisam ser rígidas e resistentes para suportar as demandas biomecânicas da postura ereta e da locomoção terrestre. 

Já as vértebras cervicais precisam ser mais móveis para permitir uma maior amplitude de movimento da cabeça e pescoço, o que é importante para a caça e a defesa territorial. Por fim, a modularidade da coluna vertebral dos carnívoros pode ter implicações importantes para a conservação e manejo dessas espécies.

Link do artigo: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/joa.13811

Texto e imagem elaborados por Nicole Medeiros e Luan Freitas

Revisado por Eduarda Azevedo Ferreira

Publicado por Diego Aguiar e Eduarda Azevedo Ferreira