Postagens

A suscetibilidade das crianças ao COVID-19

Imagem
As crianças desempenham um papel peculiar na disseminação do coronavírus   e esse parâmetro tem sido fundamental desde os primeiros dias da pandemia. As crianças representam uma pequena fração dos casos confirmados de COVID-19 - menos de 2% das infecções relatadas na China, Itália e Estados Unidos ocorreram em menores de 18 anos. Mas os pesquisadores estão divididos sobre se as crianças têm menos probabilidade do que os adultos de serem infectadas e espalhar o vírus. Eles não são responsáveis ​​pela maior parte da transmissão e os dados dão suporte à abertura de escolas, diz Alasdair Munro, pesquisador pediátrico de doenças infecciosas do University Hospital Southampton, Reino Unido. Outros cientistas argumentam contra o retorno apressado das salas de aula. Eles dizem que a incidência de infecção em crianças é menor do que em adultos, em parte porque eles não foram expostos ao vírus tanto - especialmente com muitas escolas fechadas. Um estudo publicado em 27 de abril no The Lancet In

Possíveis origens e semelhanças do SARS-COV-2 com outros RNA virais.

Imagem
Conhecer a origem de um novo vírus é essencialmente importante para desenvolver bloqueios de transmissão, promover a cura dos efeitos adversos, e entender como esse vírus sofre modificações até se tornar compatível com os receptores de células humanas. A nova cepa de corona vírus (SARS-CoV-2), responsável pela Covid-19, tem sido estudada exatamente nessa linha de raciocínio, e não faltam abordagens e especulações sobre esse novo caso. Existe, atualmente, sete cepas de corona vírus de caráter zoonótico, sendo que o SARS-CoV-2 foi descoberto recentemente e possui semelhança de 96,3% com o penúltimo corona vírus (SARS-CoV-1) oriundo do morcego-ferradura, descoberto em 2013. Entretanto, um estudo informal chamou bastante atenção por encontrar uma outra semelhança do SARS-CoV-2 com um outro RNA viral: o HIV-1. A nova descoberta, um tanto polêmica, mostrou que o SARS-CoV-2 apresentou quatro inserções na glicoproteína de pico idênticas as inserções da glicoproteína de pico do HIV-1. A partir

Caminhos da Ansiedade

Imagem
Diante das responsabilidades e correria do dia-dia, a ansiedade e o nervosismo já se tornaram inimigos antigos na nossa vida. Mas por que isso acontece? E como isso acontece? O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do cérebro de mamíferos, e atuam a partir de um comportamento defensivo. Existe dois de receptores para esse transmissor, os metabotrópicos (que atuam através de mecanismos intracelulares de transdução), e os inotrópicos (que atuam através de canais iônicos) e serão mais abordados neste vídeo. Entre os receptores do tipo inotrópicos, temos os NMDA AMPA e cainatos, que são agonistas mais seletivos. Mais adiante, dentro de cada agonista, existem várias subunidades que se agrupam e formam um poro central para conduzir Na+ e Ca+. Esse mecanismo ocorre mediante a liberação de glutamato endógeno, promovendo a excitabilidade da célula e, por conseguinte, a entrada de Na+ e Ca+. Portanto, ao analisar todos estes mecanismos, é possível afirmar que a depressão e o

Esforço Mundial Pró-Vacina COVID-19

Imagem
A sequência genética do COVID-19 foi anunciada pelas mídias mundial em 11 de janeiro de 2020. A partir desse momento laboratórios de pesquisa em todo mundo iniciaram suas atividades para desenvolver uma vacina contra a doença. O impacto humanitário e econômico da pandemia de COVID-19 impulsionou a avaliação das plataformas de tecnologia de vacina da próxima geração por meio de novos desafios para acelerar o desenvolvimento e a vacina para COVID-19 que entrou em testes clínicos com rapidez sem precedentes em 16 de março de 2020. Desde 8 de abril de 2020, 115 candidatos a vacina foram incluídos nos protocolos de desenvolvimento, dos quais, 73 estão em fase exploratória e pré-clínica. Os testes em humanos serão em breve iniciados. Uma característica marcante do cenário de desenvolvimento de vacinas para COVID-19 é a variedade tecnológica que estão sendo avaliadas, incluindo ácido nucléico, partícula semelhante a vírus, peptídeo, vetor viral, proteína recombinante, abordagens de vír

COVID-19 tá no sangue!

Imagem
Um novo fenômeno anormal da bioquímica relacionada a hemoglobina de alguns pacientes em um estudo recente sugere que a combinação de proteínas virais e porfirina causa uma série de reações patológicas. Os pacientes diagnosticados com a COVID-19 tiveram um aumento significativo nos valores do índice de ferritina sérica, na taxa de sedimentação de eritrócitos, proteína C reativa, albumina e desidrogenase de lactato. Esses desequilíbrios resultam na elevação da heme (porfirina carreadora de O 2 ) que livre no meio é resgatado pelas glicoproteínas do COVID-19, o íon de ferro é dissociado e livre na corrente sanguínea. A hemoglobina sem o ferro não se ligará ao oxigênio e com isso não desempenhará seu papel no transporte do oxigênio pelo sangue para as células de todo o corpo. O colapso está instaurado pela falha na respiração celular. No sistema respiratório de pacientes com COVID-19, os dois pulmões são afetados ao mesmo tempo caracterizando pneumonia severa. Sem aporte de oxigêni

Reposicionamento de Fármacos

Imagem
Na busca por tratamentos eficazes no combate ao COVID-19, iniciativas públicas e privadas estão investindo no reposicionamento de fármacos e desta forma buscando diminuir o tempo e custos na pesquisa e no desenvolvimento de novos medicamentos. Essa estratégia visa encontrar, dentre os medicamentos já aprovados pelas instituições de saúde e vigilância sanitária, outras indicações terapêuticas para um determinado medicamento. Dentre muitos com potencial, podemos citar alguns agentes terapêutico para diversas patologias como câncer, doenças neurodegenerativas e infecciosas. As principais linhas de pesquisa para o reposicionamento de fármacos são: uso na oncologia; doença de Alzheimer; esclerose múltipla secundária; doença de Parkinson; infecções bacterianas resistentes; tuberculose; infecção pelo vírus Ebola; parasitoses humanas; doença de chagas; diabete mellitus; hiperfosfatemia em pacientes renais crônicos e doenças inflamatórias intestinais. Portanto, o interesse em elucidar sist

O Nosso Algoz COVID-19

Imagem
Nos últimos dias, após o surgimento do COVID-19, algumas ações mundiais foram tomadas para conter a pandemia. O novo traz muitas incertezas e angustias. Como o organismo reage ao COVID-19? Por que algumas pessoas evoluem para pneumonia leve ou por que em alguns casos existe óbito? Diante deste desafio hercúleo, tentamos responder estas e outras questões acerca desse assunto. Primeiramente precisamos entender como o contágio acontece. O coronavirus se propaga quando um indivíduo infectado tosse ou espirra contaminando diretamente o outro indivíduo ou superfícies ao seu redor. Ao tocar nessas superfícies e levar as mãos a mão, olhos ou nariz (locais de mucosa), o vírus se fixa as paredes dessas mucosas.  Por isso é tão importante, manter mãos limpas e superfícies higienizadas para evitar este primeiro contato com o vírus. Os vírus não possuem capacidade de se multiplicar fora da célula, então se fixam as células da mucosa orofaríngea. Eles invadem essas células sequestrando todas as