O Nosso Algoz COVID-19



Nos últimos dias, após o surgimento do COVID-19, algumas ações mundiais foram tomadas para conter a pandemia. O novo traz muitas incertezas e angustias. Como o organismo reage ao COVID-19? Por que algumas pessoas evoluem para pneumonia leve ou por que em alguns casos existe óbito? Diante deste desafio hercúleo, tentamos responder estas e outras questões acerca desse assunto. Primeiramente precisamos entender como o contágio acontece. O coronavirus se propaga quando um indivíduo infectado tosse ou espirra contaminando diretamente o outro indivíduo ou superfícies ao seu redor. Ao tocar nessas superfícies e levar as mãos a mão, olhos ou nariz (locais de mucosa), o vírus se fixa as paredes dessas mucosas.  Por isso é tão importante, manter mãos limpas e superfícies higienizadas para evitar este primeiro contato com o vírus. Os vírus não possuem capacidade de se multiplicar fora da célula, então se fixam as células da mucosa orofaríngea. Eles invadem essas células sequestrando todas as suas organelas e multiplicando-se exponencialmente até esgotar toda sua capacidade, culminando na lise celular. Com o extravasamento do conteúdo, outros vírus que lá estavam serão liberados no meio extracelular e repetirão todo esse processo, invadindo células saudáveis, se multiplicando até outra lise. Após alguns dias, esse batalhão de vírus se desloca para o interior do organismo atingindo os pulmões. Na maioria dos casos, em indivíduos que gozam de boa saúde, não passarão desse primeiro episódio. Mesmo antes de chegar aos pulmões, o coronavirus acionará nosso sistema imunologico que rapidamente e ferozmente responderá estimulando várias repostas inflamatória.  Tosses, espirros, dor de cabeça, perda do paladar e olfato e em alguns casos, febre. Nos casos mais graves, ao atingir os pulmões, o sistema imune, além de atacar o vírus ele também causará danos as próprias células, afinal o vírus as utiliza para se multiplicar. O acometimento da nossa saúde é muito significativo porque além do sistema imune combater as células infectadas, as células saudáveis também são destruídas. Até aí o sistema imunológico cumprirá seu papel. Os pulmões tornam-se alvos fáceis para bactérias oportunistas e uma das evoluções graves que debilita o infectado é a pneumonia, dificultando as trocas gasosas, causando falta de ar e prejudicando o funcionamento cardiorrespiratório. Por isso, em alguns casos o aparelho respiratório é muito necessário. Esse momento é muito crítico e com o sistema imunológico desgastado, as bactérias se proliferam podendo invadir a corrente sanguínea onde muito provável que o indivíduo venha a óbito. Com a gravidade desta doença e a velocidade com que acomete mais e mais indivíduos, fez-se necessário a busca por medicamentos que possam curar os pacientes. Atualmente a Cloroquina e a Hidroxicloroquina e outros medicamentos vem sendo utilizada para o tratamento de casos graves.




Texto elaborado e imagem desenvolvida pela integrante do projeto Ciência em Minutos, Graduanda de Farmácia da UEZO, Fabíola Duarte

Coordenador: Diego Aguiar

Gostou? Saiba mais no link abaixo

https://doi.org/10.1016/j.jhin.2020.01.022

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A importância do colesterol na membrana interna

O “3D”, as aponeuroses e os FDS

Voando alto na evolução cerebral: Galinhas e seus cérebros em forma de halteres