Reposicionamento de Fármacos



Na busca por tratamentos eficazes no combate ao COVID-19, iniciativas públicas e privadas estão investindo no reposicionamento de fármacos e desta forma buscando diminuir o tempo e custos na pesquisa e no desenvolvimento de novos medicamentos. Essa estratégia visa encontrar, dentre os medicamentos já aprovados pelas instituições de saúde e vigilância sanitária, outras indicações terapêuticas para um determinado medicamento. Dentre muitos com potencial, podemos citar alguns agentes terapêutico para diversas patologias como câncer, doenças neurodegenerativas e infecciosas. As principais linhas de pesquisa para o reposicionamento de fármacos são: uso na oncologia; doença de Alzheimer; esclerose múltipla secundária; doença de Parkinson; infecções bacterianas resistentes; tuberculose; infecção pelo vírus Ebola; parasitoses humanas; doença de chagas; diabete mellitus; hiperfosfatemia em pacientes renais crônicos e doenças inflamatórias intestinais. Portanto, o interesse em elucidar sistematicamente novas áreas de aplicação de medicamentos conhecidos está aumentando e além disso, o conhecimento, a compreensão e a previsão dos efeitos fora do alvo permitem uma abordagem racional para a compreensão dos efeitos colaterais e medidas de similaridade estrutural de medicamentos bem como efeito colaterais conhecidos podem ser facilmente conectados a interações proteína-proteína para estabelecer e analisar redes responsáveis pela multi-farmacologia. Essa abordagem baseada em rede pode fornecer um ponto de partida para o redirecionamento terapêutico desses medicamentos. Atualmente no Brasil, devido a pandemia COVID-19, foram apresentados medicamentos, antes conhecidos para uma ou mais doença e que agora estão sendo utilizados no tratamento para COVID-19 em infectados mais graves. Estudos in-vitro foram primeiramente realizados em países como China, Austrália, França, Cuba, Russia e Japão e tem o objetivo de identificar quais dos mais de dois mil medicamentos pelo mundo, poderia ser mais eficaz no combate ao COVID-19. Dentre os quais, os mais divulgados são: Hidroxicloroquina e Cloroquina, ambos já utilizados para pacientes com lúpus, artrite reumatoide  e malária; O Favipiravir é um antiviral desenvolvido para combater vírus de RNA; o Mefloquina é uma droga de alta seletividade que bloqueia o efeito citopático do coronavirus em cultura celular e impede sua replicação e seu efeito imunossupressor impede a ativação de uma resposta inflamatória causada pelo vírus; O Interferon alfa 2b hub-rec conjulgado com polietilenoglicol (IFN rec) é aplicado contra infecções virais causados pelo HIV, papilomatose respiratória causada por papiloma humano, condiloma acumulado, hepatite B e C e terapias contra vários tipos de câncer; as globulinas hiperimunes são terapias derivadas do plasma utilizadas com eficiência no tratamento de infecções respiratória virais agudas graves que funciona pela concentração de H-IG  no plasma (concentrado de anticorpos específicos de patógeno) retirado de pacientes recuperados ou doadores vacinados no futuro e ao receber essa transferência de anticorpos, o novo paciente poderá responder a infecção e aumentar sua chance de resposta imunológica e consequentemente sua recuperação. A anúncio mais recente é da Ivermectina, que atualmente é utilizado como antiparasitário. O mecanismo de ação da Ivermectina no COVID-19 ainda é desconhecido, porém, pesquisas recentes apontam retrocesso no quadro viral cinco mil vezes mais rápido do qualquer outro já visto, tendo seu retrocesso absoluto em 48 horas da sua administração. Os experimentos são preliminares e p que se espera é descobrir a dosagem em que poderá ser usada em humanos para combater a COVID-19 com eficiência. Finalizamos nossa revisão com Remdevisir, um agente antiviral de amplo espectro utilizado como tratamento da infecção pelo vírus Ebola. Rapidamente a identificação de tratamento e terapias eficazes contra o COVID-19 se tornou um grande desafio para toda comunidade científica e um anseio para a humanidade. Todos os esforços estão sendo usados no Brasil e no mundo para impedir a disseminação do COVID-19 em todo mundo.

Texto elaborado e imagem desenvolvida pela integrante do projeto Ciência em Minutos, Graduanda de Farmácia da UEZO, Fabíola Duarte

Coordenador: Diego Aguiar

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http://agencia.fapesp.br/pesquisadores-testam-potencial-de-medicamentos-contra-o-novo-coronavirus/32837/

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