Revolução em estudos com mamíferos do clado Afrotheria
Os estudos de biologia evolutiva do desenvolvimento são fundamentais para compreender os mecanismos por trás das novidades evolutivas e da diversificação morfológica dos mamíferos. O uso de organismo modelo, uma espécie de “ratos de laboratório” do clado Afrotheria, manuseado para realização de experimentos e testes, é fundamental para o estudo de processos biológicos específicos, utilizados em áreas de pesquisa para identificar mutação de genes. Portanto, foi comprovado que a diversidade eco morfológica desses mamíferos é um objeto de estudo rico de investigações nesse ramo da ciência por sua complexidade de expressões dos genes no organismo, por facilitar a comparação do desenvolvimento com outras espécies. Porém, para isso ocorrer, é necessário o uso de embriões de diversas espécies, pensando nisso, houve a criação de um programa de Organismos-Modelos não convencionais, ou seja, menos populares, para reduzir ensaios com mamíferos.
Novas técnicas de imagem, como o uso de μCT, permitem a documentação não invasiva de embriões raros, preenchendo lacunas de informação sobre espécies menos comuns. Atualmente, pesquisas referente ao desenvolvimento e estadiamento tem auxiliado de forma mais criteriosa estudos de desenvolvimento evolutivo. Um estudo específico descreve o desenvolvimento de duas espécies de tenrecidae afroterianosidae, mamíferos afroterianos pouco estudados. Ademais, todos os embriões de tenrecidae afroterianosidae observados são espécimes pré-natais para uma melhor visão de sua evolução morfológica, sendo observado a expansão de seu corpo e a formação de uma estrutura que podemos começar a identificar como algum animal.
Em resumo, os avanços recentes na biologia evolutiva do desenvolvimento, incluindo o uso de organismos modelo, técnicas de imagem avançadas e novas abordagens conceituais, estão ampliando nosso entendimento da coisa. A investigação de questões relacionadas à origem e evolução dessas espécies é benéfica para compreendermos como o desenvolvimento embrionário relaciona-se com a estrutura de um organismo e como estas diferenciam-se, embora partilhem suas ancestralidades.
Referência: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3552411/
Escrito por Mayara Helena da Silva Oliveira, discente do curso de farmácia da UERJ-ZO.
Revisão textual por Eduarda Azevedo Ferreira
Publicado por: Diego Aguiar e Eduarda Azevedo Ferreira
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