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A Demência Fronto Temporal

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A Demência Fronto Temporal é uma doença que se tornou evidente nas discussões clínicas após avanços, desenvolvimento de novas técnicas e uma melhor caracterização clínica e novos modelos neurocognitivos. Ela é caracterizada pela majoritariedade de homens, aos 50 a 60 anos de idade. Segundo estudos, a DFT pode ser associada ao Alzheimer, por ambos apresentarem a afasia como seu principal sintoma, que é a perda parcial ou total da capacidade de expressar ou compreender a linguagem falada ou escrita. Além disso, há a mudança repentina de personalidade, alterações comportamentais e atrofia cerebral focada nos lóbulos temporais e frontais, desajustes sociais, pela perda, muitas vezes de empatia. A alteração de linguagem em que muitas das vezes, apesar do paciente apresentar um idioma fluido, apresentam defeitos na compreensão de palavras e identificação de pessoas ou objetos, provocada pela perda gradual da memória. Ademais, há sintomas como a perdas de boas maneiras, impulsividade, diminui

O coração mais rápido no menor mamífero

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  O musaranho é o menor mamífero do mundo e o seu coração é capaz de bombear sangue 12 vezes mais rápido do que um coração humano, chegando a 1.200 batidas por minuto. Por conta de seu tamanho, que pode variar de 8 a 15 cm, sua anatomia cardíaca tem alguns aspectos semelhantes e outros que o diferenciam dos demais mamíferos. Com o objetivo de identificar traços que as espécies de musaranhos compartilham e como se apresentam em outros mamíferos, foi realizado um estudo com três espécies do gênero Sorex. Utilizando uma tomografia microcomputadorizada foi possível descrever a estrutura geral dos corações dos espécimes Sorex minutus , Sorex minutissimus e Sorex isodon. Após o estudo, concluiu-se que entre as espécies investigadas, os corações parecem extremamente semelhantes, porém com alguns traços incomuns, como o tamanho proporcional à estatura corporal e o alongamento do coração. Comparado ao humano, a posição do coração é muito parecida, também situado mais ao lado esquerdo, mas em

A sinalização da BMP em um padrão

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Acredita-se que as vias de sinalização regulam o padrão de desenvolvimento antes de refinar células específicas. Mas em mecanismos que o refinamento padrão ocorre ainda precisam ser discutidos. Usando a veia cruzada posterior (PCV) da pupa de Drosophila, usada como modelo, no qual o ligante da proteína morfogenética óssea (BMP) é transportada extracelularmente para instruir a padronização das veias. A sinalização de BMP induz enriquecimento de miosina II no desenvolvimento de células de veia cruzada para regular a constrição apical. A padronização é um processo fundamental no desenvolvimento animal para o qual vários mecanismos moleculares têm sido propostos, incluindo redes gênicas regulatórias e sinalização de fatores de crescimento. O papel desempenhado pela sinalização da difusão do fator de crescimento, em particular as interações entre sinalização e morfogênese, tem sido menos explorado. A sinalização de BMP induzida pelo ligante DPP cria um campo de PCV, direcionando as células

SRDA – Desenvolvimento e causa ou genética?

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  A síndrome do desconforto respiratório (SDRA) é caracterizada por uma resposta inflamatória exagerada dentro dos pulmões. Cada vez mais esse problema tem afetado não somente aos seres humanos, mas também aos cães. Essa pneumonia pode se apresentar em duas formas: Lesão Alveolar Difusa (DAD) ou Exacerbação Aguda da Pneumonia (PIA). Os efeitos que levam a SDRA humana continuam desconhecidos. O objetivo desse estudo é analisar a SDRA no seu desenvolvimento para os estágios de DAD e PIA, na qual em muitos casos, com o agravamento dessa doença pulmonar é necessário a eutanásia por conta do sofrimento do animal. Após muita análise a causa genética da doença foi encontrada em uma variante recessiva e sem sentido no gene ANLN. Através da análise do genoma (WGS) do Dálmata, foi encontrado uma anomalia passada por gerações, sendo assim, foram verificadas novas variantes da SDRA. Após incansáveis testes laboratoriais analisando o genoma (WGS), bem como, SDRA e suas mutações (DAD e PIA), conclui

Câncer - alterações metabólicas

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Alterações metabólicas em células cancerígenas têm sido amplamente estudadas. Processos como a gliconeogênese, fosforilação oxidativa e oxidação de ácidos graxos podem participar do desenvolvimento e progressão de tumores, podendo ser ainda mais cruciais que o efeito Warburg, considerado anteriormente o principal ator do metabolismo cancerígeno. Nele as células voltam seu metabolismo para a glicose aeróbica. Esse entendimento sobre o efeito Warburg ofuscou importantes mediadores moleculares pertencentes a mitocôndria, alguns podem definir até mesmo a resistência medicamentosa. Dentre os eventos ocorridos na mitocôndria pode-se destacar: a superprodução de espécies reativas de oxigênio, formação de oncometabólicos, mutações no mtDNA e DNA nuclear e metabolismo das mitocôndrias e das células TME. Todos os eventos citados tem papel importante no aparecimento, desenvolvimento, progressão e nível de agressividade de tumores. O estudo também observou como a quimioterapia matou células que po

Descobertas in vitro sobre a formação da medula espinhal, é possível?

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  Durante o desenvolvimento embrionário é preciso que as células que são pluripotentes se aloquem e desempenhem suas funções fisiológicas corretamente no corpo. Este fenômeno também ocorre na formação do sistema nervoso central, em que a regionalização da medula espinhal será expressa pelo gene chamado Hox, que é dividido em 13 subtipos responsáveis pelo funcionamento de cada divisão da medula espinhal. Cientistas descobriram que utilizando células-tronco-embrionárias pluripotentes no modelo in vitro, puderam reproduzir esses eventos moleculares da identidade e regionalização do sistema nervoso, essa descoberta é de grande importância pois será uma ferramenta para trazer mais respostas sobre o desenvolvimento embrionário no modelo in vitro e assim poder explicar a formação da camada germinativa e os eventos moleculares que envolvem esses processos, e assim, poder utilizar desta técnica como um meio de gerar mais informações e respostas sobre a diversidade celular em mamíferos. Discent

De onde vem o equilíbrio?

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  Nos mantermos de pé é uma tarefa que exige um complexo aparato, chamado de aparelho vestibular, localizado na orelha interna que auxilia o cérebro para promover o equilíbrio. Como podemos imaginar, defeitos genéticos que atrapalhem o desenvolvimento deste aparelho ou traumatismos cranianos geram sensação de movimento ilusórias como tonturas e vertigem, além de atrapalhar o desenvolvimento motor de crianças. Com o intuito de abrir caminho para uma nova geração de tratamentos de pessoas com transtorno no aparelho vestibular foram realizados diversos testes em animais modelos para entender o desenvolvimento, bem como os genes ligados à formação do ouvido interno. O aparato vestibular utiliza a viscosidade da endolinfa para perceber o movimento. Ao se movimentar, o aparato se movimenta junto ao corpo, mas a endolinfa resiste ao movimento e “segura” a estriola ou a cúpula, com isso, os cílios no interior são torcidos e este movimento é percebido pelas células receptoras. Com o conheci