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Relação entre estilo de vida e mudanças genéticas

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             Pesquisadores suecos realizaram estudo relacionando a importância de estilo de vida e sua relação com fatores ligados a obesidade, tabagismo, consumo de álcool (olha aí alemães), além de fatores socioeconômicos (não basta ser pobre, tem que ter mudanças genéticas também), dentre outros.            Para isso, foi utilizado o banco de dados UK Biobank fazendo um recorte de idade, consumo de álcool e níveis de intensidade de atividade física em cada indivíduo. Os fatores mais significativos para mudanças no loci genético advém da relação com a atividade física, consumo de álcool e status socioeconômico. Por exemplo, o efeito do escore genético para o IMC (GSBMI) foi 2,5 vezes maior em participantes com ritmo de caminhada lento comparado aos que relataram ritmo de caminhada mais rápido (correr atrás do ônibus tá ajudando).        O efeito mais elevado de CGBIM (covariável genético de índice de massa corporal) foi observado em participantes que relataram frequentement

Bactérias tratam antibióticos como recalque

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             Um dos grandes problemas enfrentados pela medicina contemporânea é a resistência por antibióticos adquirida por algumas bactérias, que se tornam cada vez mais difíceis de serem eliminadas. Pela grande importância de se entender essa capacidade evolutiva das bactérias, cientistas em todo o mundo fazem experimentos tentando achar uma solução para esse problema e para entender como que ocorre essa adaptação das bactérias. Alguns estudos tentam ver se uma bactéria que se torna resistente a uma droga fica mais sensível ou resistente a outras drogas, o que é conhecido como sensibilidade colateral ou resistência colateral. O estudo desses efeitos é importante, pois a sensibilidade colateral entre drogas pode ser explorada para fazer um ciclo de antibióticos durante o tratamento de doenças.               Em agosto de 2017, um artigo publicado estudava como a ciclagem de 3 antibióticos a longo prazo afetava a resistência por antibióticos de uma espécie de bactéria. Eles ob

Os anticorpos contra-atacam

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              O citomegalovírus humano (HCMV) é um importante patógeno que causa doença uma clínica grave em indivíduos com o sistema imunológico comprometido, como pessoas que receberam transplante de órgãos e bebês infectados no útero. Para tratamento, indica-se a quimioterapia antiviral, porém, a toxicidade dos compostos utilizados e a possibilidade do surgimento de vírus resistentes às terapias antivirais já existentes são problemas marcantes.            Dessa forma o estudo dos anticorpos antivirais é importante uma vez que representa uma saída para limitar a ação da doença viral nos pacientes. No entanto, o papel de alguns anticorpos no decurso da infecção in vivo permanece desconhecido e, assim, esse artigo tratou de testar o fato e percebeu que houve sim uma redução na carga viral.                Com isso chegou-se ao resultado de que os anticorpos estudados mostraram uma grande capacidade de reduzir a carga viral em comparação com anticorpos não neutralizantes. As

Um novo estudo sobre genética evolutiva, mais respostas... E mais perguntas

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                                              Você sabe o que é uma levedura? Acredito que muitos lembram que eles são extremamente importantes economicamente, pois servem para a produção de vinho, pães e cervejas, afinal são fontes de etanol e dióxido de carbono. Porém, sua aplicabilidade consegue ir mais além, com a possibilidade de realizar-se estudos relacionados a mutação e no processo evolutivo, e a espécie mais utilizada em todas essas situações é a Saccharomyces cerevisiae.                  Durante este estudo além da Saccharomyces cerevisiae , foi utilizado uma outra espécie, a Lachancea kluyveri , com o objetivo de fugir um pouco do modelo padrão, que se baseiam nas mesmas espécies. A levedura Lachancea kluyveri divergiu do gênero Saccharomyces há mais de 100 milhões de anos, por um evento de duplicação, e apesar de as duas terem o mesmo ciclo de vida, são espécies muito distantes. Por isso, o objetivo foi estudar as diferenças do genoma entre essas duas leveduras, e

Alguns mRNAs são capazes de escapar da clivagem. Saiba como!

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Cliva-me se for capaz.            Os vírus são seres simples basicamente formados por uma cápsula proteica que envolve seu material genético (RNA, DNA, ou os dois). Eles não possuem metabolismo próprio e por isso são parasitas obrigatórios, e só podem se reproduzir no interior de uma célula hospedeira. Para realizar o seu ciclo de vida, o vírus precisa de um ambiente com ribossomos e outras substâncias necessárias para efetuar a síntese de suas proteínas e a multiplicação do seu material genético.           Para parasitar células vivas, os vírus possuem diversas estratégias que os permitem fazer a utilização da maquinaria de reprodução celular. Alguns possuem estratégias que bloqueiam o hospedeiro a partir da decomposição de seu RNA mensageiro, o qual é responsável por levar as informações do DNA da célula até o ribossomo, a fim de realizar a síntese de proteínas na célula. Essa degradação é possível através de uma ou mais clivagens endonucleolíticas (uma espécie de fragmentação

Saiba como as linhagens são entendidas a partir de informações genéticas

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            A linhagem contêm informações sobre as relações genealógicas entre indivíduos e são de fundamental importância em muitas áreas de estudos genéticos. No entanto, elas são muitas vezes desconhecidas e são entendidas a partir de informações genéticas. Apesar da importância de seu conhecimento, ela se torna difícil devido ao alto custo da computação de verossimilhança e ao enorme número de linhagens possíveis que devem ser consideradas. Por exemplo, mesmo a população da Groenlândia sendo de poucos indivíduos, em uma amostra relativamente pequena, 584 indivíduos, continha muitos parentes próximos.            A fim de solucionar as questões citadas, o método CLAPPER (Abordagem de Probabilidade Composta para Reconstrução de Linhagem) surgiu como uma alternativa, estimando a partir dos dados genotípicos de uma amostra de indivíduos a linhagem verdadeira dos mesmos e obtendo a menor taxa de falso positivo em relação a parentes próximos. No entanto, o uso ingênuo de linha

Você sabia que quimioterapia genética pode aumentar a resistência do câncer a remédios?

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O Guarda-costas do Câncer           Tratamentos genéticos para combater certos tipos de câncer podem apresentar resultados desfavoráveis. Estudos comprovaram que, apesar de muito efetivo, a quimioterapia genética pode aumentar a resistência do câncer a remédios, causar a sua progressão e até a morte do indivíduo. E tudo isso por causa de uma enzima que não faz o seu trabalho direito, acredita?! A enzima chamada TLS polimerase permite a utilização de pares de base modificadas e o pareamento inapropriado destas bases na síntese de DNA. Desta forma, as células cancerígenas, as quais são estranhas ao corpo e seriam combatidas normalmente, podem se multiplicar e adquirir resistência à quimioterapia. A boa notícia: trabalhos recentes afirmam que a inibição dessa enzima pode aumentar a sensibilização dessas células aos remédios e reduzir a probabilidade de desenvolvimento de resistência proveniente das drogas utilizadas para tratamento. Agora resta saber... Em quais tipos de cânc