Nematoides versus Peróxidos de hidrogênio


     Antes de falarmos sobre a relação entre os animais vermiformes,Caenorhabditis elegans, é necessário conhecer a ameaça química mais comum a microrganismos  que é o Peróxido de hidrogênio (H2O2), Nesse sentido, devemos entender a relevância que cada um desses perigos têm nos seres vivos, em especial os nematóides. O H2O2 é bastante tóxico a vários seres podendo ser até fatal, de forma que existem animais, como alguns besouros, que liberam jatos à base de peróxido para proteção contra presas. Outro fator relevante, é que as bactérias não são sempre patogênicas, muitas são essenciais para vida, a qual mantém uma relação ecológica positiva. A partir disso, podemos discorrer sobre a capacidade desses animais vermiformes de captar estímulos e reagir a eles. O H2O2 é prejudicial aos nematóides a nível de danificar o material genético, portanto para eles é favorável coabitar próximos a bactérias que degradem peróxido, como a Escherichia coli que também serve de fonte alimentar. Esse ajuste que leva os Caenorhabditis elegans a se locomoverem a ambientes que o fornecem proteção por meio de uma percepção sensorial garantida pelos neurônios que  fazem notar a presença de H2O2 e em seguida se direcionar para perto de bactérias que fornecem sua proteção. Porém, nem sempre essa locomoção acontece, alguns nematelmintos tentam buscar a adaptação a ambientes em mudança apostando mais na futura melhora do meio atual que é rico em nutrientes mas repleta de peróxido de hidrogênio, do que na busca por um novo ecossistema. Esse método, é uma estratégia adaptativa para lidar com situações adversas que geram resistência ao nematoide.  Esse estudo permitiu conhecermos como esses animais vermiformes interagem com o meio em que vivem e descobrimos porque eles têm grande sucesso adaptativo.

Por Juliana Rocha Santos, discente do curso de Farmácia da UERJ-ZO.
Revisão textual por Gabriela Leidens Alves e Liana Cavour dos Santos.

Docente: Diego Aguiar.

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