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De respiração celular à doenças mortais: A MITOCÔNDRIA

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As mitocôndrias são organelas fechadas por membrana dupla em células eucarióticas, primordiais para o metabolismo e sinalização celular, recebendo as principais vias metabólicas. Para poder cumprir todas essas funções, elas são altamente dinâmicas e sofrem constante remodelação da membrana durante a fusão e fissão mitocondrial. Como essas curvaturas de membrana são geradas e mantidas e os fatores envolvidos nesses processos ainda são desconhecidos. As mitocôndrias possuem não apenas curvatura/dinâmica de membrana complexa e os fatores envolvidos na membrana, mas também exibem composição lipídica definida e distribuição assimétrica de fosfolipídios. Alterações na composição de fosfolipídios podem afetar a integridade, permeabilidade e fluidez da membrana mitocondrial e, portanto, a estabilidade e a atividade de muitas proteínas associadas à membrana. A desregulação de fatores envolvidos na morfogênese da membrana mitocondrial, como defeitos em complexos de proteínas relevantes ou enzima

O início de tudo

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  Nos primeiros 7 dias de desenvolvimento o embrião passa de um zigoto fertilizado para um blastocisto, que é composto por: epiblasto, hipoblasto e trofectoderma. As células-tronco embrionárias humanas (hESCs) tornaram-se uma ferramenta valiosa para a compreensão da embriogênese, pois podem originar células derivadas de todas as três camadas germinativas, oferecendo informações valiosas sobre mecanismos pouco compreendidos que diz respeito à manutenção de sua identidade, potencial de diferenciação e dinâmica de sinalização. Sendo assim, há diferentes linhagens celulares como hiPSCs (células-tronco pluripotentes humanas) que podem ser usados para comparação com as hESCs, a fim de obter maiores conhecimentos sobre a natureza das transições do epiblasto humano in vitro. Já as células-tronco hipoblásticas são úteis para reconstituir a modelagem do hipoblasto humano (origem do endoderma do saco vitelino), porém não houve derivação de embriões humanos; contudo a endoderma extra-embrionária n

Hipóxia como um dos fatores aumentativos de estruturas

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  O microambiente celular, juntamente com os reguladores intrínsecos, molda a identidade e a capacidade de diferenciação das células-tronco. É sabido que células submetidas a baixas tensões de oxigênio, estimulam, dentre outros processos, a angiogênese. Diversos estudos em células-tronco embrionárias de camundongos e humanos revelaram que a hipóxia promove a diferenciação das ESC, especialmente as de linhagem endodérmicas além de serem implementadas em alguns protocolos que modelam o desenvolvimento de embriões de mamíferos em uma placa. No entanto, como a hipóxia influencia as redes de transição das células-tronco e as escolhas de linhagem, permanecem pouco compreendidas. Num estudo investigativo sobre os efeitos moleculares da hipóxia aguda e prolongada em células-tronco embrionárias e extra embrionárias, foi encontrada uma resposta transcricional temporal e específica de célula, incluindo uma assinatura de linha primitiva precoce em células-tronco embrionárias hipóxicas mediadas por

Sequenciamento de RNA de célula única (scRNA-seq)

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Uma das principais causas de mortalidade por câncer é do de pulmão. A heterogeneidade e a resistência limitam o tratamento, sendo ainda pouco compreendido. A tecnologia de sequenciamento de RNA de célula única (scRNA-seq) é um método altamente eficaz para caracterizar células únicas e esclarecer os mecanismos moleculares, fornecendo uma alta resolução de alterações transcriptômicas no nível de célula única. Desde a sua introdução, as abordagens de sequenciamento de RNA de célula única (scRNA-seq) revolucionaram o campo da genômica, pois criaram oportunidades sem precedentes para resolver a heterogeneidade celular, explorando perfis de expressão gênica em uma resolução de célula única. Podemos observar que essa tecnologia visa as descobertas e aplicações do scRNA-seq para identificar tipos de células, atividades e outras características que são importantes para a função de diferentes órgãos corporais. O presente estudo realizou o sequenciamento de RNA de célula única (scRNA-seq) de cânc

As Facetas da Dengue

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A doença epidemiológica denominada dengue, se classifica sendo uma arbovirose participante do gênero Flavivírus, causada, na América preferencialmente, pela picada do mosquito Aedes aegypti. Esta patologia pode dividir-se em dois diagnósticos: Dengue clássica, ou febre dengue (DF), e febre dengue hemorrágica (DHF), ambas contendo quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A DF é caracterizada por "doença febril aguda acompanhada por cefaléia e dores musculares e articulares" [MARZOCHI, 2005, apud OMS 1975)], já a DHF define-se por "doença febril aguda caracterizada clinicamente por uma diátese hemorrágica e uma tendência a evolução para a síndrome de choque (síndrome de choque por dengue -DDS) que pode ser fatal". [MARZOCHI, 2005, apud OMS 1986)]. Logo, a febre dengue hemorrágica apresenta-se de maneira mais intensa no indivíduo. A DHF acompanha a redução das plaquetas e o aumento significativo no número de glóbulos vermelhos, isso à influência de laço posit

A energia quântica nos processos biológicos

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  A energia é como um elemento de ligação entre as diferentes partes da física, ela não é criada, mas sim transformada e conservada. De acordo com os cientistas Carvalho & Lima (1998, p.186), as nossas experiências de observação, realização ou sofrimento estão baseadas na transferência de energia de um lugar para o outro, ou a transformação de energia para outra forma. Há alguns tipos de energia, como a energia potencial, que fica armazenada em um corpo podendo ser transformada em outra energia e especialmente é liberada em forma de calor. Além disso, há a energia quântica, que foi criada a partir da mecânica quântica, cujo significado é “movimento das partículas”.  O criador da mecânica quântica foi Max Planck. Ele, inicialmente, estudava a radiação no corpo negro, que o levou a compreensão que a luz é um movimento ondulatório formada por pequenas partículas, que logo após Einstein explicou como efeito fotoelétrico. Em relação a isso, destaca-se os seres autotróficos que produzem

Fake Rins

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  Ao longo das décadas a ciência se encontra em busca de reversão de doenças renais crônicas. Para isso, o estudo de transplante de rins sintéticos fundamentado na criação de tecidos renais a partir de células-tronco vêm sendo aprimorado. Entretanto, esse estudo se encontra em certa dificuldade pelos problemas gerados pela limitação da eficiência na neufrogenese desses rins. Com isso, chega-se à conclusão que é necessário que se estude como o embrião dos mamíferos faz esse processo naturalmente para que consiga reproduzi-lo sinteticamente. Nesse estudo, percebe-se que nos períodos iniciais o protocolo utilizado nos organoides é semelhante ao de diferenciação mesodérmica e há comprovação que as células podem se auto-organizar. É entendido que os organoides renais não são rins, pois são imprecisos na sua forma e não possuem o mesmo sistema vascular. Mas eles facilitarão a modelagem específica de doenças específicas e não é preciso que sejam anatomicamente iguais, mas tenham a mesma funçã