O início de tudo

 

Nos primeiros 7 dias de desenvolvimento o embrião passa de um zigoto fertilizado para um blastocisto, que é composto por: epiblasto, hipoblasto e trofectoderma. As células-tronco embrionárias humanas (hESCs) tornaram-se uma ferramenta valiosa para a compreensão da embriogênese, pois podem originar células derivadas de todas as três camadas germinativas, oferecendo informações valiosas sobre mecanismos pouco compreendidos que diz respeito à manutenção de sua identidade, potencial de diferenciação e dinâmica de sinalização. Sendo assim, há diferentes linhagens celulares como hiPSCs (células-tronco pluripotentes humanas) que podem ser usados para comparação com as hESCs, a fim de obter maiores conhecimentos sobre a natureza das transições do epiblasto humano in vitro. Já as células-tronco hipoblásticas são úteis para reconstituir a modelagem do hipoblasto humano (origem do endoderma do saco vitelino), porém não houve derivação de embriões humanos; contudo a endoderma extra-embrionária naive (nEnd) juntamente com o hipoblasto do blastocisto humano pode ser um modelo in vitro promissor do hipoblasto. Em 2018 células-tronco do trofoblasto humano (hTSCs) foram derivadas do trofectoderma do blastocisto do primeiro trimestre; que demonstraram ter características moleculares, transcriptômicas e epigenéticas similares com os isolados trofoblastos primários en vivo de 10 à 12 dias. Em complemento, há modelos complexos derivados de hESCs de desenvolvimento humano inicial que são ferramentas importantes para investigar propriedades relevantes para o embrião humano que ajudam a definir as decisões do destino celular, comportamentos que lembram o embrião humano e testar a potência das células-tronco para dar origem à linhagens específicas. Apresentando assim, a importância da criação in vitro das células-tronco que reproduzem as três camadas germinativas, para estudo de possíveis doenças e o mecanismo de ação que ocorre no embrião. Conclui-se que as células-tronco oferecem oportunidades notáveis para dissecar eventos moleculares e de sinalização, tanto dentro como entre os tecidos, e questionar a importância de diferentes fatores que são extremamente difíceis de determinar in vivo.

Por: Aline Cristiane dos Santos e Paloma Reis

Revisão textual por: Gabriela Leidens Alves e Julia Costa Paiva de Araujo.

Publicado por: Diego Aguiar e Fabíola Duarte

Link: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0012160620303195?via%3Dihub


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