Pescoço primitivo: A Origem
Os músculos do pescoço dos vertebrados, contém os chamados de: Cucullaris e Hipobranquiais, os quais são de origem primitiva, se retorna aos estágios iniciais da evolução vertebrada. Apesar do surgimento de um pescoço funcional ter ocorrido pela primeira vez nos peixes com barbatanas lobuladas, a origem dos músculos do pescoço remonta a estágios ainda mais antigos na história evolutiva dos vertebrados. Um estudo, realizado, investigou a origem e o desenvolvimento dos músculos do pescoço em vertebrados, com foco na compreensão de suas vias genéticas e implicações na evolução vertebral.
Com isso, foi feita uma análise em pintinhos, nos quais revelaram que os músculos hipobranquiais têm origem somítica, à medida que o músculo cucullar se origina da placa lateral anterior mesodérmica associada aos somitos 1–3. A semelhança estrutural dos músculos cucullares e hipobranquiais, que conectam a cabeça com a cintura peitoral, é essencial para entender a evolução do pescoço nos vertebrados.
As vias genéticas envolvidas no desenvolvimento desses músculos mostram padrões distintos entre a musculatura da cabeça e do tronco. A expressão de genes como Tbx1 e Pitx2 desempenha um papel crucial na distinção miogênica e na determinação do destino celular durante o desenvolvimento do pescoço. Sendo assim,no registro fóssil, a evidência é limitada, mas os placodermos, um grupo crucial na filogenia de vertebrados, fornecem entendimentos sobre a evolução inicial do pescoço funcional. A separação do crânio da cintura peitoral é um marco importante na evolução vertebrada, e estudos futuros em táxons fósseis podem ajudar a elucidar ainda mais essa transição.
Logo, os músculos do pescoço em vertebrados têm origens antigas e complexas, envolvendo uma interação entre o mesoderma craniano e somítico. A junção de dados morfológicos, genéticos e fósseis revela a complexidade das origens e desenvolvimento dos músculos do pescoço em vertebrados, destacando sua história evolutiva.
Por Fernanda Kristhina Oliveira dos Santos Hipolito, discente do curso de Farmácia da UERJ-ZO.
Revisão textual por Karine Martins Ferreira.
Publicado por Karine Martins Ferreira.
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