Esperança para o Fígado

O potencial uso de células-tronco mesenquimais (MSCs) no tratamento de doenças hepáticas, como a colangite esclerosante primária e a estenose biliar central multifocal. Estudos realizados em laboratório analisaram a interação entre as MSCs e células hepáticas, bem como utilizaram marcadores celulares, análises de expressão gênica e imagens de ressonância magnética. Embora os resultados preliminares tenham sido encorajadores, são necessários estudos mais amplos para confirmar a eficácia da terapia com MSCs. Um estudo clínico inicial mostrou segurança no uso de MSCs para tratar a colangite esclerosante primária, embora não tenha havido uma melhora significativa nos exames radiológicos ou endoscópicos.

Entretanto, mesmo que haja uma variedade de protocolos diferentes envolvendo o uso de MSCs, incluindo o uso de células autólogas ou alogênicas, derivadas de diferentes fontes, com diferentes doses e métodos de administração, os resultados de ensaios clínicos concluídos até o momento foram geralmente encorajadores em relação à segurança e eficácia. Com as propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras das MSCs bem estabelecidas, sua utilização pode ser ampliada para tratar manifestações extraintestinais da doença inflamatória intestinal (DII), oferecendo uma alternativa promissora aos tratamentos baseados em medicamentos convencionais.

O estudo clínico em questão utilizou um produto experimental de MSCs humanas adultas isoladas da medula óssea de doadores saudáveis, formulado em Plasma-Lyte A e 5% de albumina de soro humano em uma concentração de 100 milhões de células viáveis/ml. O objetivo principal do estudo foi avaliar a segurança da administração local de MSCs no ducto biliar comum para tratar a colangite esclerosante primária. Futuros estudos poderão avaliar diferentes doses e métodos de administração das MSCs para tratar diversas doenças hepáticas.

Por Luan Freitas e  Ryanne Dias discentes de farmácia da UERJ-ZO.

Revisão Textual por Karine Martins Ferreira

Publicado por Diego Aguiar e Fabíola Duarte

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https://doi.org/10.1002/cbin.11943


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