Brasil x Holanda: Um estudo comparativo de medidas cranianas


A identificação humana é uma tarefa de extrema importância e complexidade. Há um papel crucial na identificação de corpos em situações de desastres em massa e em outras circunstâncias. A pesquisa utilizada como referência oferece um suporte aos profissionais forenses na identificação de corpos, especialmente aqueles carbonizados, que ainda são um grande desafio para os peritos desta área. O objetivo da pesquisa foi ampliar o entendimento da variação estrutural humana ao comparar as medidas cranianas baseadas em uma tomografia computadorizada de feixe cônico entre indivíduos brasileiros e holandeses, de faixa etárias e gêneros diferentes.


Em suma não se encontram desconformidades relevantes nas medidas lineares entre os grupos experimental, abrangendo a população, gênero e faixa etária para as duas estruturas cranianas. As medidas lineares cranianas foram significativamente maiores para homens do que para mulheres majoritariamente, independentemente da população. As estruturas cranianas estudadas não se diferenciam entre ambas as populações: brasileiros e holandeses, para homens e mulheres em quatro faixas etárias, porém prevalecem os holandeses com maiores dimensões. Vale ressaltar que as características morfológicas dos seres humanos como o osso, que foi alvo do estudo, podem diferir entre as populações por conta de circunstâncias climáticas, alimentares, ambientais e por fatores genéticos. Isto pode ser um fator de dificuldade para a identificação humana de um grupo específico, já que os resultados obtidos serão utilizados em uma situação internacional, onde encontra-se várias etnias diferentes.

Referência: Gamba, Thiago Oliveira et al. “Comparative study of cranial measurements between sexes from Brazil and The Netherlands: A cone-beam computed tomography study.” Journal of anatomy vol. 243,2 (2023): 334-341. doi:10.1111/joa.13863 

Texto e imagem elaborados pelas discentes de Farmácia da UERJ ZO, Ana Carolina Lima Carvalho e Ana Elisa Vicente de Souza Campana Barbosa.

Revisão textual por Samiris Fernandes

Publicado por Diego Aguiar e Fabíola Duarte

 


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