Os limites da embriologia sintética
Os limites dos tecidos são uma característica onipresente em animais, pertencendo a estruturas multicelulares complexas, ela permite a coexistência, desenvolvimento, moldar e organizar sinais que diferentes células e órgãos devem enviar ou receber possibilitando o surgimento de funções. Os limites podem ser definidos como descontinuidade no tecido ou na transmissão de substâncias químicas e informações mecânica ou intracelulares. O estudo desses limites, in vivo, possui limitações, logo tornou-se necessário seu desenvolvimento sintético. Utilizando como base duas observações marcantes: capacidade das células de organizar e classificar domínios e a capacidade dos tecidos de formar estruturas nítidas quase invisíveis entre eles, foram analisados embriões de rã e a observação gerou a hipótese que as células possuem afinidades teciduais e isso permite reconhecer os tecidos. Outra área que chamou atenção foi a “hipótese da tensão interfacial diferencial", que foi explicada como decorrente de diferenças nas tensões interfaciais que conduzem as mudanças na forma da célula. Ademais, mesmo com esses e outros avanços ainda não foi possível descobrir todo potencial dos limites dos tecidos. Durante o desenvolvimento embrionário, diversas etapas acontecem simultaneamente, impedindo a análise de todos os papéis dos limites dos tecidos. Entretanto, com o uso da embriologia sintética é possível o auxílio na reconstrução in vitro, pois cada limite será de acordo com o embrião, controle dos limites, além do que é possível in vivo e a oportunidade de revelar funções novas que podem ser úteis na criação de órgãos e embriões sintéticos no futuro. É perceptível a importância da expansão do desenvolvimento dos limites sintéticos, pois auxiliam na investigação de como as propriedades químicas, mecânicas e elétricas das fronteiras influenciam a auto organização. Outra área de bastante importância é a investigação nas fronteiras vivas, pois in vivo, os limites são dinâmicos e mudam de acordo com a necessidade do tecido.
Referências: Martyn, Iain e J.Gartner, Zev. Expanding the boundaries of synthetic development.Developmental Biology, pag. 62-70, Abril 2021. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0012160621000300
Texto e imagem elaborados pelas discentes de farmácia da UERJ-ZO, Julia Carvalho e Graciele Lira
Revisão textual por Eduarda Ferreira
Publicado por Diego Aguiar e Fabíola Duarte
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