A importância da passagem de proteína específica na troca de informações entre neurônios e o fortalecimento de suas estruturas

 

As propriedades funcionais dos circuitos neurais são definidas pelos padrões de conexões sinápticas entre seus neurônios parceiros, portanto foram examinadas sistemicamente estas questões em sinapses ocorridas nas espinhas dendríticas recentemente caracterizadas de neurônios motores GABAérgicos de larvas (C. Elegans). Resultados mostraram que a proteína de adesão pré-sináptica neurexina/NRX-1 é necessária para a estabilização da estrutura pós-sináptica. Descobriu-se também que os eventos de desenvolvimento pós-sinápticos iniciais prosseguem sem um requisito estrito para a atividade sináptica e não são interrompidos pela deleção de neurexina/nrx-1. No entanto, na ausência de NRX-1 pré-sináptico, as espinhas dendríticas e os aglomerados de receptores tornam-se desestabilizados e colapsam antes da idade adulta, demonstrando que a entrega de NRX-1 aos terminais pré-sinápticos é dependente de cinesina-3/UNC-104 e expondo que a função UNC-104 contínua é necessária para manutenção pós- sináptica em animais maduros. O objetivo principal do estudo foi analisar os mecanismos que estabilizam a conectividade do circuito neural, e ao definir a dinâmica e a ordem no tempo da formação de sinapses e eventos de manutenção in vivo, foi descrito um mecanismo para estabilizar a conectividade do circuito maduro através da adesão baseada na proteína de comunicação (neurexina). As mitocôndrias e outras organelas são frequentemente localizadas perto de especializações pós-sinápticas para sustentar a função sináptica. Foi analisada também que a distribuição de organelas dentro dos dendritos, do retículo endoplasmático (ER) e do Complexo de Golgi é marcada exclusivamente nos corpos celulares. As alterações na conectividade e estabilidade das sinapses estão ligadas a inúmeras doenças mentais e neurodegenerativas do neurodesenvolvimento. Sua importância está no fato de que as alterações da neurexina estão associadas a distúrbios cognitivos, incluindo a esquizofrenia e o transtorno do espectro do autismo.

 

Texto e imagem elaborados pelos discentes de Farmácia da UERJ ZO, Jaqueline Balbino Ribeiro Netto e Débora Hosana Ferreira Rangel

Docente Diego Aguiar

Revisão textual por Eduarda Azevedo e Samiris Fernandes

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Artigohttps://doi.org/10.1371/journal.pgen.1010016


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