Seipina determina a biogênese dos lipídios
A proteína Seipina determina o local da biogênese e o tamanho das gotículas de lipídios (GLs), que armazenam lipídios neutros, principalmente triglicerídeos e esteróides. Experimentos revelaram uma forma de produção das GLs independente da seipina. Isso é possível pois, ésteres retilíneos tem a característica de sequestrar e nuclear em bicamadas lipídicas. A produção de ésteres retilíneos em células de mamíferos e leveduras que normalmente não produzem ésteres de retinila causa a formação de GLs. Esses resultados indicam que o papel da seipina na biogênese das GLs depende do tipo do lipídio neutro armazenado na formação das gotículas. As GLs formam uma classe de organelas que armazenam lipídios neutros para diversas funções (defeitos na síntese das gotículas estão ligados a diversas doenças). Pouco se sabe sobre o mecanismo da biogênese das gotículas, a versão que prevalece é que a formação delas é impulsionadas principalmente pela síntese de triacilglicerol no retículo endoplasmático liso.
A presença de GLs largas é uma marca registrada das células estreladas do fígado. Após lesão hepática, essas células perdem suas GLs características e se transdiferenciam em miofibroblastos. Estudos mostraram a presença de dois tipos de gotículas de lipídios: as originais e as que reciclam rápido e aparecem temporariamente durante a ação das células estreladas. O resultado da pesquisa mostrou que existe sim uma rota independente da seipina para a biogênese das GLs, impulsionada pela produção do lipídio neutro RE. Logo, a seipina não participa da criação de todas as gotículas, já que elas podem se formar sozinhas na membrana nuclear interna. É proposto então que a formação das gotículas (preenchidas com o lipídio RE) seja impulsionada em parte pelo próprio RE. Ele também conduz a formação das gotículas em células estreladas hepáticas. Assim, a seipina torna-se secundária e não mais protagonista na formação das gotículas de lipídios.
Comentários
Postar um comentário