O incrível cérebro fetal humano
Sabe-se que grandes mudanças ocorrem no cérebro durante o período fetal e no seu desenvolvimento, para isso estudos foram realizados na Universidade de Kyoto, em que foram analisadas a morfologia e morfometria do cérebro humano no período embrionário (até 8 semanas) e pós-embrionário (9 a 13 semanas).
Foram utilizadas 21 amostras anônimas de embrião humano e espécimes fetais e separadas em cinco grupos para o estudo, através de ressonância magnética foi possível observar imagens do cérebro durante o período fetal inicial por meio de visualizações seccionais médio-sagitais que foram reconstruídas em 3D. Pode-se analisar a morfometria, medindo os volumes através de divisões nos tecidos cerebrais e ventrículos e a largura do cérebro foi medida por meio de uma visão dorsal das imagens.
Os resultados apresentaram mudanças morfológicas e morfométricas nas partes internas e externas do cérebro. Houve crescimento do córtex cerebral e mudanças de proporções lineares com o crescimento cerebral, o volume do ventrículo lateral foi maior que a do tecido cerebral e o plexo coróide aumentou três vezes mais da fase embrionária até a fase fetal inicial média, substância branca e gânglios da base e sulco cingulado e o sulco lateral(amostra CRL 122mm), zona ventricular e subventricular foram identificados, putâmen, o núcleo caudado, o globo pálido e a cápsula interna cresceram unidamente nos gânglios e tálamo, o corpo caloso foi detectado pela primeira vez na amostra menor(CRL 62mm), houve diminuição no comprimento do mesencéfalo e as hemiesferas cerebelares, vermis e fissuras foram captadas. Portanto, neste estudo observou- se que quase todas as estruturas cerebrais fetais podem ser identificadas por ressonância magnética e além de ser detectado que a morfologia e morfometria de cada uma das partes não crescem de maneira uniforme, identifica o risco de anormalidades cerebrais precoce.
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