Idade e sexo influenciam na rigidez muscular
O músculo peitoral maior tem sua importância na mobilidade e
estabilidade do complexo do ombro, sendo primordial para o movimento de adução
e anteversão da articulação do ombro. Sendo assim, os resultados deste artigo
forneceram novas descobertas sobre a influência da rigidez dependente da
ativação do peitoral maior em relação a idade e o sexo que interferem na
condição de tal rigidez. Nesse âmbito,segundo aos dados desse estudo foi usado
elastografia da onda de cisalhamento de ultrassom para adquirir velocidade de
onda de cisalhamento das regiões claviculares e de fibras esternocostal para
fornecer evidências de que o sexo e a idade afetam de forma diferente as
alterações dependentes da ativação à rigidez de cada região de fibras do
peitoral maior.
Desse modo, as mulheres mais velhas apresentam maior rigidez
dependente da ativação do que as mulheres mais jovens na região do
esternocostal ao gerar torques de adução vertical, porém, na região clavicular
a rigidez dependente da ativação foi reduzida em mulheres mais velhas em
relação às mulheres mais jovens ao gerar torques horizontais de flexão. Em
relação aos homens mais velhos e homens mais jovens não ocorreu uma mudança significativa na
rigidez muscular ao gerar torques de adução vertical e torques horizontais de
flexão. Contudo, as fêmeas apresentaram maior rigidez dependente da ativação do
que os machos, independentemente da região de fibras peitoral em todas as
tarefas. Curiosamente, as fêmeas geram torques mais baixos do que os machos,
mas exigiram maior rigidez dependente da ativação, indicando que os machos
requerem menos contribuição ou ativação das grandes regiões de fibra peitoral
para gerar maiores torques de ombro. Além disso, foi observado reduções na
rigidez dependente da ativação da região esternocostal em grupos mais antigos à
medida que os participantes geravam torques de adução vertical. Portanto, pode
ser que os idosos utilizam uma estratégia neuromuscular diferencial, para gerar
torques de adução vertical nesta posição, como maior dependência da região da
fibra clavicular ou maior recrutamento de outros músculos do ombro.
Por Gabriela Leidens Alves, discente de Farmácia da UEZO.
Docente: Diego Aguiar
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