Curva Catenária no Desenvolvimento de Raízes




Os órgãos possuem morfologias diversas, porém, são conservadas sob restrições de desenvolvimento compartilhadas entre as espécies. Elas foram se diferenciando como consequência da adaptação a várias condições fisiológicas e ambientais durante a radiação evolutiva. No entanto, ainda compartilham uma característica conservadora em cada tipo de órgão, como por exemplo, presença de raízes e folhas nas plantas e bicos e asas nos animais. Os contornos das pontas das raízes das plantas comumente exibem uma forma de cúpula, e a análise morfométrica de raízes primárias de Arabidopsis thaliana revelou que os contornos de dez espécies se ajustaram melhor a uma curva catenária, que é utilizada na construção de arcos arquitetônicos, domos de catedrais e iglus por possuir grande estabilidade estrutural - uma força aplicada em um ponto qualquer da curva é distribuída igualmente por todo material. As divisões celulares nas regiões periféricas das raízes se mostraram fortemente reprimidas pelos genes, e esta restrição desempenha papéis críticos para definir os limites e crescimento do órgão. As pontas das raízes desempenham um papel fundamental no crescimento da raiz, executando uma ampla variedade de funções, como penetração, ancoragem, percepção da gravidade, absorção de nutrientes e água. Um estudo utilizando robôs sugeriu que a morfologia da ponta da raiz da planta governa a tensão de penetração e o alongamento eficiente no solo. Dessa forma, entender a morfologia das pontas das raízes nos ajuda a compreender melhor o desenvolvimento e fixação das plantas, e traçar soluções para problemas como secas, deficiências de nutrientes, ventos excessivos.

Por Hanna Carolina Gomes Ribeiro e Camille Delfino Vieira.
Postagem realizada pela colaboradora Juliana Santos,
discente do 3° período de Farmácia da Universidade Estácio de Sá.
Docente: Diego Aguiar

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