Regeneração Muscular e a Célula Coringa: Uma Relação com Prazo de Validade

   Com o aumento da expectativa de vida, mais e mais medicamentos/fitoterápicos prometem o rejuvenescimento. Até agora nenhum deles foi definitivamente comprovado. Mas, entre os sessentões, os hormônios prometem o retardo da menopausa e andropausa, com a diminuição do desânimo, tristeza, melancolia e até aumento do desejo sexual e tônus muscular. Todos nós precisamos de uma pílula dessas, que retardam os sinais envelhecimento, produzindo instantaneamente uma vida feliz e prazerosa. 

     Entretanto, os cientistas mostraram que não é bem assim. Recentemente foi publicado um artigo científico que relata as limitações do uso destes hormônios no tônus muscular.A regeneração e manutenção do tecido músculo esquelético depende das células-tronco adultas (Células Satélites) que permanecem quiescentes ao londo da vida, mas quando ocorre um processo degenerativo no músculo estas células satélites (Pax7+e Ki67-) quiescentes se tornam ativas e regeneram o tecido muscular lesionado. O referido trabalho mostra que o envelhecimento ou perda do potencial regenerativo das células satélites ocorre através da repressão de genes responsáveis pela vitalidade celular, são eles: P15INK4b e P21CIPI/WAFI. Isso ocorre naturalmente durante o envelhecimento. A responsabilidade está nas modificações epigenéticas (mudanças genéticas promovidas pelo meio ambiente) que ao londo da vida promovem mudanças “irreversíveis” no DNA das Células Satélites impedindo a produção dos genes responsáveis pela manutenção e regeneração muscular, como mostrado na figura. Isso explica que nem mesmo com quilos de hormônios é possível rejuvenescer a musculatura senil. Agora entre os novos desafios para estes cientistas esta a criação de uma estratégia para reverter estas modificações epigenéticas e possibilitar a auto renovação das células musculares.



Curtiu o conteúdo? Se aprofunde e conheça esse artigo publicado

por Diego Aguiar

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