De volta à era mesozoica
"Rauisuchia” compreende um grupo diversificado de arcossauros pseudosuquianos que habitaram diferentes regiões do mundo durante o período Triássico. Historicamente, sua taxonomia tem sido objeto de debate, mas análises filogenéticas recentes os posicionam como paracrocodilomorfos pseudosuquianos, divididos em Poposauroidea e Loricata. Na América do Sul, oito espécies foram identificadas, distribuídas entre a Argentina e o Brasil, com destaque para Fasolasuchus tenax e Prestosuchus chiniquensis.
Estudos microestruturais têm fornecido insights valiosos sobre a paleobiologia desses animais, embora sua investigação ainda seja limitada. Osteodermas são alvos comuns de análises histológicas, revelando uma estrutura trilaminar e variações na microestrutura. A análise de ossos apendiculares em quatro espécies também oferece pistas sobre seu crescimento e maturidade.
Neste estudo, a histologia de Fasolasuchus tenax e Prestosuchus chiniquensis foi examinada para inferir aspectos de suas histórias de vida. Osteodermas foram identificados como indicadores confiáveis para estudos esqueletocronológicos, com evidências de nove e quatro linhas de crescimento interrompido, respectivamente. Essas descobertas sugerem que Fasolasuchus tenax atingiu a maturidade somática e esquelética, enquanto Prestosuchus chiniquensis estava próximo da maturidade sexual e esquelética, mas ainda somaticamente imaturo.
A dinâmica de crescimento também difere entre as espécies, com Fasolasuchous tenax exibindo um ritmo mais rápido, comparável a Batrachostomus kupferzellensis, e Prestosuchus chiniquensis mostrando um crescimento constante e mais lento. Essas características podem refletir adaptações filogenéticas e fisiológicas dentro do grupo.
Além disso, a presença do complexo fibrolamelar no córtex ósseo é uma característica compartilhada por todas as espécies estudadas, exceto Prestosuchus chiniquensis, destacando a importância de investigações futuras para compreender as diferenças observadas.
Em resumo, este estudo contribui significativamente para nosso conhecimento sobre a paleobiologia dos "rauisuchians", fornecendo insights sobre seu crescimento, maturidade e características histológicas distintas.
Escrito por Daniel da Silva Carneiro , discente do curso de farmácia da UERJ-ZO.
Revisão textual por Bruna Merces
Publicado por: Diego Aguiar e Bruna Merces
Referência bibliográfica:
Publicado por: Diego Aguiar e Bruna Merces
Referência bibliográfica:
LOMBA, Luís; NISHIMURA, Margarida; ARAÚJO, Flávia; et al. Histology and growth dynamics of Rauisuchia species from South America. Journal of Vertebrate Paleontology, v. 43, n. 5, p. 980-993, 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37519277/. Acesso em: 11 nov. 2024
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