C.ELEGANS E SEUS PROCESSOS RETARDATÁRIOS

Os Caenorhabditis elegans (C. elegans) são vermes de vida livre pertencentes à classe dos nematódeos, nos quais podem ser separados em machos e, na sua  grande maioria  hermafroditas. Eles podem ser considerados como os primeiros animais multicelulares que tiveram seu genoma sequenciado, apresentando como uma de suas características, o seu desenvolvimento larval tardio e a proliferação de células germinativas. Sendo assim, é possível analisar que fator promove certa interferência em ambas ocasiões, além de suas implicações. 

Esse desenvolvimento tardio ocorre na fase pós-embrionária, a qual se refere depois da eclosão dos ovos, fazendo com que esses vermes passem por mais três fases de desenvolvimento (L2, L3 e L4), onde estruturas adultas surgem a partir de células blásticas com o auxílio de alimentos e sinais sistêmicos. Já o crescimento de células gaméticas são aquelas responsáveis pela origem de espermatozóides e óvulos com o objetivo de gerarem novos indivíduos dessa espécie no futuro. Dessa forma, é importante salientar a presença de um gene diretamente envolvido nessas duas situações que é o gene gvd-1. Este gene possui funções significativas de manutenção celular, logo, caso esse gene sofra algum gênero de mutação as divisões celulares pós-embrionárias são afetadas, como também o processo de crescimento no geral, as células germinativas falham ao proliferar, além disso defeitos são desenvolvidos no precursor vulvar. Com isso em vista, problemas presentes na evolução reprodutiva do organismo podem ser observados. 

Portanto, através deste estudo foi possível verificar a importância que pequenas estruturas possuem ao influenciarem atividades complexas e de um grau de importância consideravelmente alto, pois estes vermes conhecidos por C. elegans, são considerados ótimos modelos de observação e experimentação por serem pequenos, de fácil criação e com um ciclo de vida curto, tendo em vista investigar os diversos indicadores integrados na área de controle pós-embrionário.

Por Gabriela dos Santos da Silva e Lívia Gonçalves da Costa Veloso, discentes do curso de Farmácia da UERJ-ZO.

Revisão textual por Karine Martins Ferreira

Publicado por Diego Aguiar e Fabíola Duarte

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https://journals.biologists.com/bio/article/12/7/bio059978/321171

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