Troca iônica no processo de urbanização
O processo de urbanização no país tem
aumentado de forma desordenada e acelerada provocando uma série de mudanças no
meio ambiente. A adaptação das cidades com construções de casas, prédios e
favelas crescendo em áreas urbanas sem que haja uma fiscalização adequada, tem
gerado volumes crescentes de resíduos industriais, agrícolas e municipais que
devido ao pouquíssimo tempo para serem processados por bactérias ou assimilados
por organismos vivos vem resultando no acúmulo de fosfatos, amônia, nitratos e
outros nutrientes na hidrosfera, levando à eutrofização e hipóxia dos corpos
d’água, proliferação de algas, bem como o desenvolvimento de várias patologias
em seus habitantes. Paralelo a essa situação, a crescente preocupação com os
problemas ambientais, impulsionou o cuidado com o meio ambiente, obrigando
empresas a reduzirem ao máximo o potencial poluidor de seus resíduos. Dentre os
poluentes que mais se destacam nos efluentes líquidos estão o nitrogênio e o
fósforo, nutrientes muitas vezes de difícil remoção nos tratamentos
convencionais. Embora muitas tecnologias de purificação de água estejam
disponíveis, um método alternativo para a remoção destes nutrientes dos
efluentes, é a troca iônica, que é adequada para remoção altamente seletiva de
contaminantes específicos. A troca iônica é usada para a desmineralização da
água, e para remover outras substâncias da água em processos como
dessalinização, desionização, desnitrificação e desinfecção. Consiste num
processo químico no qual íons dissolvidos indesejados na água e águas residuais
– como nitrato, fluoreto, sulfato e arsênico – são trocados por íons com uma
carga semelhante. Embora a troca iônica e o tratamento biológico sejam
amplamente reconhecidos como as duas principais tecnologias para desnitrificação,
a troca iônica é normalmente usada para tratar nitratos em águas subterrâneas
enquanto o tratamento biológico é usado para tratar águas superficiais.
Infelizmente, muitos desses processos de membrana promissores ainda estão em
desenvolvimento em estágio de laboratório, por isso, alguns gargalos impedem a
implementação mais intensiva desses processos na indústria. A transição para a
economia circular, onde os resíduos se tornam uma fonte e, em particular, que
os nutrientes sejam produzidos a partir dos resíduos, é uma condição
indispensável para manter o desenvolvimento sustentável da humanidade.
Texto e imagem elaborados pelas discentes de Farmácia da UERJ ZO, Ana Luiza Naves Ferreira e Raissa Pereira Cardoso.
Revisão textual por Samiris Fernandes
Publicado por: Diego Aguiar e Fabíola Duarte
Referência: Recovery of Nutrients from Residual Streams Using Ion-Exchange Membranes: Current State, Bottlenecks, Fundamentals and Innovations. Disponível em: https://www.mdpi.com/2077-0375/12/5/497
Texto e imagem elaborados pelas discentes de Farmácia da UERJ ZO, Ana Luiza Naves Ferreira e Raissa Pereira Cardoso.
Revisão textual por Samiris Fernandes
Publicado por: Diego Aguiar e Fabíola Duarte
Referência: Recovery of Nutrients from Residual Streams Using Ion-Exchange Membranes: Current State, Bottlenecks, Fundamentals and Innovations. Disponível em: https://www.mdpi.com/2077-0375/12/5/497
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