Já pensou em criar seu filho numa placa de cultura?
Modelos
de células-tronco embrionárias é um assunto extremamente delicado tanto em questões
de estudos como propriamente praticado. Experimentos e testes possibilitaram
uma possível “criação”, por meio de células tronco, de uma estrutura semelhante
à de um embrião. O objetivo deste estudo não foi, propriamente, produzir
embriões in vitro para que possam ser implantados em um ser humano e sim o
motivo para tal criação foi facilitar o estudo dessas estruturas fascinantes. É
consenso que o embrião é um corpus minúsculo e quando alocado no interior do
útero de um mamífero, por exemplo, fica obscuro impossibilitando estudos avançados.
A fim de contornar esse empecilho os pesquisadores se voltaram para o uso de células-tronco
embrionárias pluripotentes (que podem se diferenciar em quase todos os tecidos)
de camundongos para construir estruturas sintéticas semelhantes a embriões in
vitro. O estudo mais desenvolvido dessas estruturas pode ajudar no entendimento
e tratamento de malformações congênitas. Mediante o estudo apresentado, ficou
evidente que a criação de modelos embrionários sintéticos gerou um enorme salto
no que diz respeito a estudos dessas morfologias. Torna-se compreensivo que seria
impossível, devido a princípios morais e éticos, que tais experimentos (de
implantação) fossem realizados em humanos. Entretanto, os organoides
embrionários in vitro estão surgindo como uma ótima ferramenta para analisar os
processos morfogênicos que ocorrem, auxiliando nos estudos que já ocorrem in
vivo.
Referências: JESSE V. VEENVLIET A,BERNHARD G. HERRMAN.The Departamento de Genética do Desenvolvimento, Instituto Max Planck de Genética Molecular. Jun 2021.
Link: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0012160620303249
Por
Italo Lima e Renata Salles discentes do curso de farmácia da UERJ-ZO.
Revisão
textual por Gabriela Leidens Alves e Julia Costa Paiva de Araújo.
Publicação:
Diego Aguiar e Fabíola Duarte
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