O CURIOSO CASO DAS CÉLULAS MLL1

 

MLL1 (Leucemia de Linhagem Mista) é um gene que foi descoberto tendo como funcionalidade a preservação da expressão gênica e solicitado na hematopoiese e na manutenção de células-tronco. As células-tronco atuam no equilíbrio e regeneração de órgãos, pois possuem a caracterização de reproduzir e diferenciar-se em células de diferentes elementos do organismo humano. Devido a importância desse gene na hematopoiese se faz necessário saber quais funções específicas ele regula em compartimentos não hematopoiéticos. Para verificação foi realizado um experimento utilizando como base as células-tronco do epitélio intestinal devido seu poder de diferenciação e por MLL1 agir na estabilização das células secretoras e absorventes do intestino adulto. Criou-se um ambiente carcinogênico do MLL1 em embriões de roedores e notou-se que até determinado período as cobaias se desenvolveram normalmente chegando em um momento que começaram a apresentar alterações no fígado como palidez e tamanho diminuído, seguido de morte devido a perda da proteína MLL1. Posteriormente, ocorreu uma recombinação dos genes indicando que a perda da MLL1 de qualquer forma acarretaria a morte dos embriões mesmo com genes combinados. Após, foram utilizadas cobaias de dois meses de idade para averiguação do impacto da ausência da MLL1 pós-natal e houve morte, a indução de sacrifícios e uma redução grave de células sanguíneas no organismo das cobaias. Para averiguar quais eram as cobaias que não apresentavam tais características de falência, ocorreu o transplante de medula óssea e foi visto a reconstituição de células-tronco por células doadoras fazendo com que acontecesse a reconstituição das células-tronco. Com tais informações podemos notar que o MLL1 se faz necessário em tecidos hematopoiéticos e tecidos não hematopoiéticos, sendo do mesmo modo importante e elucidando a função do gene em cada compartimento como na manutenção das células-tronco intestinal.

 

 

Link: https://journals.plos.org/plosgenetics/article?id=10.1371/journal.pgen.1009250

 

Texto e imagem elaborados pelos discentes de Farmácia da UERJ ZO, Deborah Rayanne Sousa Lopes e Beatriz Pegado Silva  

Docente Diego Aguiar

Revisão textual por Eduarda Azevedo e Samiris Fernandes