Desenvolvimento do ouvido interno
Como
muitos bem deve saber, o ouvido é órgão sensorial que promove a audição, porém
ele também detecta estímulos relacionados a orientação espacial e equilíbrio,
onde o ouvido interno é responsável. O ouvido interno está situado dentro do
osso temporal em cada lado da cabeça, e apresenta uma estrutura semelhante a um
labirinto, e é daí que vem o nome da doença labirintite. Essa estrutura é
formada por um vestíbulo central, onde de um lado está conectado a cóclea, que
liga a parte auditiva do ouvido, e do seu outro lado está situado três canais
semicirculares, essas duas estruturas se denominam órgãos sensoriais
vestibulares.
Problemas
no desenvolvimento desses órgãos pode acarretar uma série de problemas para a
saúde do indivíduo. Esse desenvolvimento ocorre na fase embrionária sendo
regulado por vários fatores de crescimento que promovem a diferenciação celular
para cada estrutura necessária. Várias evidências demonstram que as
sinalizações inadequadas por esses fatores de crescimento geram malformações, síndromes,
distúrbios e entre outros.
Os estudos mostrados em animais nos
laboratórios, relatado também em ambiente clínico, indicam vários exemplos de
genes que promovem doenças quando regulados de forma incorreta, como por
exemplo a CDH23, que produz a proteína caderina 23, causando habilidades
motoras atrasadas, sendo associada a síndrome de Usher.
Tendo
uma melhor compreensão dos aspectos históricos evolutivos e do desenvolvimento
embrionário do ouvido interno, bem como o seu genoma envolvido, houve um avanço
significativo na área médica, pois permitiu tratamentos terapêuticos mais
adequados, apesar de haverem muitas lacunas a serem preenchidas.
Referência:
Abdelhak, S. , Kalatzis, V. , Heilig,
R. , Compain, S. , Samson, D. , Vincent,
C. et ai. ( 1997 ) Um homólogo humano do gene ausente
dos olhos de Drosophila está subjacente à síndrome branquial-oto-renal (BOR) e
identifica uma nova família de genes . Nature
Genetics, 15 ( 2 ), 157 – 164 .
Link: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/joa.13459
Por
Matheus Santos Gonçalves e Lucas Oliveira da Silva, discentes do curso de
Farmácia da UERJ-ZO.
Revisão
textual por Julia Araújo e Nathália Barcelos
Docente: Diego Aguiar
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