A influência do metabolismo celular do prosencéfalo na formação do tubo neural
O desenvolvimento neural ainda não é completamente esclarecido e, para que possamos entendê-lo melhor, antes será preciso esclarecer questões acerca de como funciona o metabolismo celular durante o começo da formação do prosencéfalo, uma das primeiras regiões a se desenvolverem, localizada na parte anterior do encéfalo onde, futuramente, será o telencéfalo e o diencéfalo. Para que esse desenvolvimento comece terá que haver o fechamento do tubo neural. Começando em ambiente com hipóxia (menos oxigênio), o tubo engloba e desenvolve o espaço que será utilizado pelo sistema nervoso central (SNC) ele contém células primitivas que estão gerando todos os neurônios e demais células especializadas do SNC e o fluido local muda de líquido amniótico para líquido cefalorraquidiano.
Durante todos esses acontecimentos há um aumento da vascularização e da oxigenação, tendo que haver, por conseguinte, um aumento da função mitocondrial. Essa organela utiliza oxigênio para quebrar glicose realizando a respiração celular. Como vimos, o desenvolvimento neural tem fases de hipóxia e de bastante oxigenação, portanto, essas organelas tiveram que se adaptar a estas fases. Essa mudança ocorre em suas estruturas durante a fase de enriquecimento da oxigenação nas cristas achatadas e na matriz lúcida devido aos altos níveis de fosforilação oxidativa; enquanto na fase de menos oxigênio as cristas são inchadas e a matriz é densa.
Os estudiosos ainda conseguiram afirmar a relação entre a mudança morfológica da mitocôndria e a regulação negativa de MYC (família de genes reguladores que controlam diversos aspectos do crescimento e metabolismo celular). Essa elucidação é de extrema relevância para entendermos o desenvolvimento neural e a influência de MYC na adaptação das mitocôndrias em diferentes circunstâncias e, por fim, podemos concluir que as células tronco neurais têm capacidade de dinamizar seu metabolismo de acordo com a necessidade.
Discente: Juliana Rocha Santos
Revisão: Sara de Oliveira Rocha
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