A passagem passiva de prótons através da Na+ , K+ - ATPase

A diferença de concentração de íons K + entre os meios intra e extracelular faz estes íons se difundirem em direção ao meio extracelular, que possui o menor gradiente de concentração. Com os íons Na+ ocorre o contrário, já que eles são mais abundantes no meio extracelular e se difundem para dentro da célula. No entanto, para o normal funcionamento da célula é preciso que este desequilíbrio eletroquímico seja mantido, o que é a função da Na+ , K+ -ATPase que com gasto de ATP consegue jogar íons de sódio para fora e íons de potássio para dentro da célula. 

Essa troca se dará pois a Na+ , K+ -ATPase se abrirá para o meio interno (E1) e ocorrerá a ligação de três íons Na+ , fosforilando-a (E1P). A partir daí, ela irá naturalmente relaxar para a configuração E2P, onde seus sítios de ligação estarão agora voltados para o meio externo. Os íons Na+ irão se desprender e dois íons K + irão se ligar, desfosforilando a ATPase. Então, uma molécula de ATP irá se ligar e assim, os íons de K + irão ser transportados para o meio intracelular. No intervalo entre a liberação dos 3 íons Na+ e a adesão do 2 íons K + enquanto a extremidade externa da proteína está vazia, pode ocorrer a passagem passiva de prótons através dela gerando corrente elétrica. Várias situações foram simuladas em laboratório com intuito de analisar quais as condições necessárias para esta passagem e conclusão foi de que o principal fator para geração de maior corrente possível é a presença de íons Na+ no interior da célula, sendo que mesmo quando este é o único cátion monovalente presente, ainda há elevada geração de corrente. 

Por André Luis Félix da Silva Terres e Anna Beatriz Pereira de Moura Matrícula, discente de Farmácia da UEZO.
Docente: Diego Aguiar

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