A Anquirina B e a Caveolina-I e sua relação com a bomba de Sódio e Potássio

A Na+/K+ - ATPase, também conhecida como bomba de sódio e potássio, é uma proteína presente na membrana nuclear externa de natureza eletrogênica, na qual é responsável pela manutenção do potencial de repouso das células, transdução de sinal e regulador de seu volume. Dado isso, a ocorrência de mutações nessa proteína podem levar a severas patologias, como por exemplo, Parkinson, epilepsia e hemiplegia alternada da infância, já que a estabilidade e expressão proteica podem ser reduzidas ou o direcionamento da membrana plasmática incorreto. Em relação a isso, o artigo estuda o comportamento da Na+/K+ - ATPase ao reunir-se com outras proteínas, levantando a hipótese de que ao interagir com a  anquirina B (Proteínas do citoesqueleto que interagem por meio de ligações covalentes com as proteínas integrais da membrana, determinando sua distribuição na membrana celular) e caveolina-1 (Elementos estruturais que formam a estrutura dos domínios da membrana das cavéolas, construindo invaginações na membrana plasmática) ocorra mudanças no direcionamento e no padrão da membrana plasmática, assim como no comportamento de difusão da enzima. 

Para tanto, foi usado o marcadoreGFP-ATPase” para identificar essas mutações em comparação com a enzima de tipo selvagem, com um método de espectroscopia de correlação de fluorescência (FCS), assim como recuperação de fluorescência após fotobranqueamento (FRAP) ou fotocondicionamento (FRAS). Como resultado, o artigo apresenta que em todos as interações com a anquirina B e caveolina-1 alteram a mobilidade lateral da enzima nas membranas plasmáticas das células, bem como afetam ambos dos tempos de difusão, o que indica que a interrupção das interações são eficazes mesmo em diferentes níveis de organização espacial da membrana plasmática. Além disso, a mutação no sítio de ligação do AnkB também afeta o nível de expressão da membrana plasmática, em linha com o papel estabelecido do AnkB no direcionamento da enzima pela membrana plasmática, comprovando a hipótese e dando a possibilidade de se obter novos estudos a cerca a estabelecer uma compreensão mais abrangente da fisiopatologia dessas doenças no nível celular.

Por Isaias Jorge Miguel e Luís Augusto Casemiro Romero da Silva, discente de Farmácia da UEZO.
Docente: Diego Aguiar

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