Um novo olhar da SMAD2 na Diferenciação Miogênica

 A musculatura esquelética de adultos, após uma lesão, possui uma grande capacidade de regeneração devido a células precursoras miogênicas, chamadas de células satélites, encontradas entre a sarcolema da fibra muscular e a membrana basal. Em tese, a miogênese esquelética do adulto é um processo organizado, conhecidos como fatores reguladores miogênicos (MRFs), com capacidade de converter células não miogênicas para miogênica por meio da regulação positiva de genes específicos do músculo. Fatores de transcrição, SMAD2 e SMAD3, possuem papeis importantes, contudo, estudos com camundongos apontam que mesmo com ausência de SMAD3, ainda permanecem vivos e férteis, mas, a deleção de SMAD2 é letal para embriões, sugerindo que, durante o desenvolvimento, SMAD2 é de maior relevância. Análises revelaram que na ausência de SMAD2, cuja atividade é regulada por membros da superfamília do fator transformador de crescimento β (TGFβ) e necessário para uma eficiente diferenciação miogênica em um mecanismo independente de TGFβ, o crescimento muscular pósnatal e a regeneração muscular após a lesão são prejudicados. 


Os estudos apontam ainda que a perda do SMAD2 em células satélites musculares in vivo resultaram na diminuição do calibre das fibras musculares e prejudica a regeneração após lesões agudas. E testes comparativos com camundongos mostraram resultados onde as miofibrilas lesadas recuperaram 76,9 ± 0,24% do músculo enquanto que com Smad2 SC - / - o músculo lesionado recuperou 78,1 ± 0,10%, o que demostrou que a perda de SMAD2 causa um atraso na regeneração muscular. Em camundongos fêmeas, outra análise realizada foi a perda de SMAD2 no útero, onde se constatou a má formação do músculo esquelético pós-natal. Assim, os estudos recentes indicam que a SMAD2 regula a expressão de reguladoreschave da miogênese para promover a diferenciação terminal e durante a diferenciação, a expressão de SMAD2 é induzida. Gerando um novo olhar na pesquisa ciêntifica!

Por Alessandra Paes Ramos Koritzky e Meyriane dos Santos Nascimento, discente de Farmácia da UEZO. Docente: Diego Aguiar

Gostou? Acesse o link abaixo e saiba mais. 

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33462116/

Comentários

  1. Muito bom. Excelente trabalho.

    ResponderExcluir
  2. Que conteúdo interessante, me ajudou bastante, obrigado!!

    ResponderExcluir
  3. Excelente! Me ajudou muito, obrigado.

    ResponderExcluir
  4. Artigo muito interessante, deve ser por isso que atletas profissionais, mesmo após grandes lesões, conseguem recuperar o bom nível após um tempo de recuperação

    ResponderExcluir
  5. Excelente conteúdo!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O “3D”, as aponeuroses e os FDS

A importância do colesterol na membrana interna

Voando alto na evolução cerebral: Galinhas e seus cérebros em forma de halteres