Propagação de ERO e a dinâmica do estresse oxidativo determinados pela dinâmica da rede mitocondrial
O estresse oxidativo é o desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e a sua remoção da célula, mitocôndrias danificadas produzem mais ERO, que por sua vez potencializam a liberação de ERO induzida por ERO (RIRR*; do inglês: ROS-induced ROS release). foi realizada, uma simulação usando modelos baseados em agentes, que apontou que os padrões de afetação de ERO quanto a velocidade de propagação e vulnerabilidade ao estresse oxidativo, são determinados pela dinâmica da rede mitocondrial. As mitocôndrias são organelas intracelulares funcionando na produção de ATP por meio da fosforilação oxidativa, processo este que produz as espécies reativas de oxigênio (ERO), e consequentemente no esforço de proteger as macromoléculas da oxidação, as células desenvolvem defesa antioxidante. Tendo em vista as diferentes redes mitocondriais, no qual, nos cardiomiócitos, as mitocôndrias são distribuídas regularmente com distanciamento uniforme, enquanto que em outras células, como nos neurônios, as mitocôndrias são distribuídas irregularmente e aleatoriamente pelo citosol, foi feita a simulação: Introduziu-se H2O2 para simular o estresse oxidativo nesses 2 exemplos de redes mitocondriais, que mostrou que a dependência da dose inicial de estresse oxidativo difere de acordo com a dinâmica da rede, logo, um modelo de distribuição regular é mais resistente á propagação de ERO e a induzir RIRR* com baixa dose inicial, já no modelo irregular, a parte com alta densidade mitocondrial é mais propensa a propagar ERO e induzir RIRR, entretanto, em sua parte menos densa, é mais resistente, devido ao isolamento. Essa simulação concluiu que há uma correlação entre a propagação de ERO e a dinâmica da rede mitocondrial, para além de servir de base para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas com base nesse mecanismo estudado.
Igor Gomes de Souza
Gostou? Clica no link abaixo e saiba mais
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0023211
Comentários
Postar um comentário