A plasticidade no desenvolvimento embrionário da anêmona-do-mar


Existe uma grande variação no desenvolvimento embrionário animal, visto que existem diversos aspectos e níveis evolutivos entre as espécies. Porém, até dentro de um mesmo filo podemos notar que existem diversas trajetórias possíveis de desenvolvimento que levam ao mesmo final característico de um grupo animal. Nesse estudo com cnidários foi proposto que o meio em que a célula se encontra é capaz de criar uma resposta evolutiva, traçando uma nova rota de desenvolvimento que se adapta as restrições físicas naturalmente impostas a ela. O objetivo desse estudo é testar a capacidade reguladora das células embrionarias originadas da anêmona-do-mar (Nematostella vectensis) em um ambiente controlado.  Dentre os testes abordados no estudo, uma das metodologias selecionada para observação do evento foi pela gastrulação, processo no qual ocorre a invaginação dos macrômeros, que forma orifício denominado blastóporo. O teste foi realizado pouco antes do início da formação da endoderme na invaginação. Após passarem pelas etapas do estudo que incluem dissociação e centrifugação, cerca de 7 – 10 dias já se observava a
formação de tentáculos do polipo. Os testes realizados mostraram que agregados de células embrionárias da anêmona do mar são capazes de restabelecer as camadas germinativas e corrigir o padrão axial do corpo. Os agregados utilizaram do mesmo conjunto de reguladores, dependendo dos sinalizadores wnt assim como nos embriões normais, portanto pode-se afirmar que esses genes são autorreguladores, conferindo uma enorme plasticidade e capacidade de se desenvolver mesmo em situações ambientais adversas. Ainda observou-se que o desenvolvimento das anêmonas experimentais se assemelhou ao desenvolvimento nnormalormal de outros cnidários. Essa comparação leva a crer que processos alternativos de desenvolvimentos são facilmente possíveis e viáveis aos organismos.

Por:
Gisele Ferreira Hygino da Silva
Ingriti Rangel da Silva

Professor: Diego Aguiar

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Resumo do artigo: “Germ-layer commitment and axis formation in sea anemone embryonic cell aggregates” 


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