Quem disse que não é possível medir as deformações da cartilagem articular in vivo de maneira não invasiva?
Pois é a superação dos
desafios para a ciência dependem de tempo, tecnologia e a gasto de ATP. Chegou a
hora! Com o objetivo de medir e analisar as deformações da cartilagem in vivo por meio de uma técnica não invasiva,
um estudo de multicêntrico feito por diversos centros de pesquisa americano
mostrou que isso é possível sem causar danos a articulação.
Eles desenvolveram um aparato
que usa ciclos de carga compatível com a ressonância magnética controlado por
sistemas eletropneumáticos. A perna do voluntário foi posicionada de forma a
permitir um repouso do pé por meio de um suporte e o joelho mantido flexionado
a aproximadamente 10 graus, enquanto a outra perna permanecia relaxada. Para
analisar a precisão da técnica, gel de silicone foi analisado com dualMRI e um
dispositivo de carga separado foi usado para comprimir phantom de imagem. O desvio padrão combinado de deslocamento e
tensão por meio de medidas experimentas repetidas foi definido como sendo a
precisão e calculado com uma função no número de ciclos de suavização. Este
trabalho foi o primeiro estudo in vivo desse tipo capaz de medir diretamente
as tensões intra teciduais em locais de pixel/voxel
dentro da cartilagem do joelho humano, sendo um avanço no campo.
Este estudo revela possíveis
ligações para eventos mecanotransdutivos, incluindo a expressão induzida por
cisalhamento do lubrificante proteoglicanos. Além disso, apresentou estratégias
para a implementação de dualMRI na medição do comportamento mecânico dos
tecidos moles em qualquer sistema de interesse e proporcionando à comunidade de
pesquisa no sistema musculoesquelético uma ferramenta de diagnóstico clínico
para avaliar a eficácia de agentes terapêuticos para identificar degeneração
precoce em ensaios em animais e humanos.
Apesar de tudo existem
pontos fracos! Por se tratar do primeiro caso de estudo in vivo, alguns desafios precisam ser superados, nem sempre se tem
o resultado adequado ou esperado. Por exemplo, a complexa dificuldade de
quantificar pequenos movimentos em condições fisiologicamente relevantes de um
tecido fino, fixado profundamente na estrutura óssea, pode não ter atendido às
exigências da pesquisa.
O aparelho de carga utilizado
neste estudo foi limitado pela utilização de materiais não magnéticos e limitados
pelas dimensões do diâmetro padrão no sistema de RM, além de apresentar ajustes
discretos para acomodar a variação no comprimento das pernas dos indivíduos. Esses
ajustes personalizados podem ter contribuído para a variação entre os
indivíduos. Alguns resultados fugiram ao esperado, como por exemplo, o fato de
a mulher com o maior peso (90,7 kg) e IMC (27,9) apresentar uma tensão relativamente
baixa em comparação com outras mulheres, fato que pode ser associado a um tamanho
não adequado da amostra.
Mesmo com ressalvas este
trabalho apresenta uma metodologia inovadora no estudo da propriedade da
cartilagem. Como sempre estudos assim abrem um grande caminho a ser seguido e
melhorado nos próximos trabalhos. Vamos esperar pelo que vem por ai!
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Por Diego Aguiar e Vanessa Costa
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