A guerra da CISPLATINA contra o CTGF no território do Câncer

O Câncer é caracterizado pela proliferação celular excessiva que destrói os tecidos adjacentes e altera a homeostasia do organismo. Dentre as tentativas de se tratar o câncer estão à cirurgia para retirada do tecido doente (tumor) e/ou a quimioterapia. Em muitos casos é necessário combinar estas duas modalidades.  Entre os alvos da quimioterapia estão os fatores que crescimento que são um dos responsáveis pela proliferação das células cancerígenas. 

      CTGF/CCN2 (Connective Tissue Growth Factor) é uma molécula extracelular e está relacionado com diversos processos fisiológicos importantes, como a adesão celular, migração, proliferação, e até mesmo eventos patológicos como a tumorigênese.

Em um artigo publicado, aonde se estudava linhagens de células carcinogênicas, foi encontrado altos níveis de CTGF no tumor ósseo chamado “Osteossarcoma” e sua presença foi relacionada com a resistência ao tratamento com o quimioterápico Cisplatina (Figura). Mais especificamente, o CTGF impede que a Cisplatina induza a morte das células tumorais e, consequentemente, permite que o tumor continue crescendo.


 Foi visto, ainda, que o CTGF provoca quimiorresistência à Cisplatina em outros tipos de câncer como o câncer de próstata, de pulmão e gástrico. Este estudo forneceu evidências suficientes para incluir o CTGF na lista dos oncogêneses e para que houvesse sucesso no tratamento, foi proposto que o combate a agressividade tumoral com os quimioterápicos (Cisplatina, Terpenóides, Paclitaxel, Docetaxel Vimblastina e outros) teria uma eficácia maior se o CTGF fosse incluído como alvo do tratamento. 

De fato, as guerras trazem mais destruição do que qualquer outra coisa, mas, nesse caso, é preciso destruir para recomeçar...


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Por Gabrielle Ribeiro

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