Moscas, Oxigênio e Adaptação. Alguma semelhança

Vamos falar de hipoxia, ou seja, a ausência de oxigênio suficiente nos tecidos para manter o funcionamento do corpo. Parece ser um pouco perigoso, lembra como acontece a produção de energia? O oxigênio é o melhor amigo das mitocôndrias, que são as responsáveis pelo nosso ATP. Sem a respiração celular o corpo não tem energia, sem energia todas as nossas funções vitais ficariam comprometidas, imagina que caos.  

Assim obviamente as mitocôndrias tem uma resposta à falta de oxigênio, tem um pessoal que acredita na mudança de estrutura nas mitocôndrias afetadas, afinal, é uma boa razão pra justificar as adaptações. Pra testar foi utilizado o Drosophila Melanogaster, uma mosca simpática que tem um tempo de geração e vida curtinho, capazes de ter muitos filhos, além de ser a melhor escolha do pessoal da genética pela mosca possuir um fenótipo muito bem conhecido. 
Agora, depois da galera da ciência escolher as moscas que tinham a tão preciosa tolerância a hipoxia, pôde-se testar as nossas amiguinhas a nível mitocondrial. 

Encontramos algumas informações interessantes, tipo: uma produção de ATP mais eficaz, menor fluxo de piruvato carboxilase e maior uso do complexo I. Então, podemos demonstrar as modificações estruturais na mitocôndria da mosca! E graças a uma boa comparação e estudos profundos podemos ter uma ideia na diferença de estrutura mitocondrial das mosquinhas. A mitocôndria das adaptadas tem cristas mais fragmentadas e o tórax possui uma grande quantidade de mitocôndrias, o que a permite trabalhar mais o oxigênio mesmo que seja em menor quantidade.

Autores: Matheus de Matos e Alicia de Faria


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