O peixe zebra e seu desenvolvimento neuronal

      Sabemos que o desenvolvimento neuronal do sistema nervoso central e periférico é abundantemente complexo e é demandado por 3 processos padronizados: a neurogênese (nascimento dos neurônios), a migração (realocação dos neurônios em locais específicos) e a diferenciação neuronal (a aquisição de características moleculares e morfológicas). Até o momento, era aceitável que esses processos não eram variáveis mas um estudo examinou uma população de células bipolares, expressado pelo gene vxs1+, do sistema neuronal central da retina do peixe-boi e, para a surpresa, não era exatamente assim.



   Foi observado que, nas células bipolares, a diferenciação e a neurogênese são cronometradas independentemente umas das outras. Isto é, eles não adotaram aquela sequência antes dita que seguia um padrão. De maneira oposta, elas adotaram um caminho de desenvolvimento que foi variável e conteve evidente flexibilidade que resultou em uma vasta variedade de características moleculares, morfológicas e biológicas celulares. O peixe zebra foi escolhido por conta de sua óptica e acessibilidade genética que permitiram seguir com o projeto.

   Esse estudo foi feito para esclarecer os efeitos de tal tempo nas características de células progenitoras, como uma velocidade e sincronia melhor comparada ao modelo clássico de desenvolvimento pois, no modelo clássico, a diferenciação só pode ser iniciada após a mitose. Em contraposição, no modelo desacoplado, as etapas de diferenciação já podem ocorrer na mitose ou em etapas posteriores o que agiliza a diferenciação da população e seus progenitores
Colaboradores:
Ana Carolina Estanislau
Pedro Mesquita 

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